Presidente da OAB diz ter se confundido ao responder ‘vamos chegar lá’ para ‘fora, Xandão’
OAB diz que Beto Simonetti entendeu ‘fala do Xandão’ e que ele jamais teria dado tal resposta se tivesse entendido corretamente
Brasília|Do R7, em Brasília
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse nesta sexta-feira (11) que o presidente da entidade, Beto Simonetti, se confundiu ao dizer “vamos chegar lá” em resposta à frase “fora, Xandão”, dita na plateia durante um evento oficial da entidade nesta quinta-feira (11), em Bonito (MS). De acordo com a OAB, Simonetti interpretou a frase como “fala do Xandão”.
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“O presidente Beto Simonetti esclareceu que fez a declaração ‘vamos chegar lá', acreditando ter ouvido uma reação diferente da plateia. Uma pessoa gritou “fora, Xandão”, mas ele interpretou como “fala do Xandão”. Devido à lotação do auditório, ele entendeu que a frase “vamos chegar lá” se referia a discutir sobre o STF”, informou a OAB.
“Ao término do evento, a pessoa que havia gritado ‘fora, Xandão’ se aproximou do presidente para cumprimentá-lo e admitiu ter sido ela quem gritou durante o discurso. Foi nesse momento que o presidente Beto Simonetti percebeu o equívoco de sua interpretação e esclareceu que jamais teria dado tal resposta se tivesse compreendido corretamente o grito no momento”, acrescentou a entidade.
Simonetti falava sobre a elaboração de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que garantiria aos advogados o direito de fazer sustentação oral nos tribunais. Em um dos momentos do discurso, o presidente chega a dizer que “o diálogo não foi capaz de resolver”, sem citar nomes.
O episódio acontece em meio a uma tensão da OAB com o ministro do STF Alexandre de Moraes, que negou a sustentação oral de advogados durante agravos regimentais, um recurso judicial cujo objetivo é exigir que os tribunais revisem suas próprias decisões.
“Apresentaremos uma PEC para que acabe a discussão se o que vale mais é o regimento de um tribunal ou o Estatuto da Advocacia, que é regido por uma lei federal, e é onde estão descritos todos os nossos direitos. O direito de que nós possamos, da tribuna sagrada, representar o povo brasileiro, retirando suas angústias, desfazendo as injustiças perpetradas contra o cidadão do Brasil”, disse Simonetti.