Presidente do Banco Central defende liquidação do Banco Master: ‘Seguiu a lei’
Segundo Gabriel Galípolo, a instituição agiu de acordo com a lei e seguiu procedimento adequado
Brasília|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, defendeu, nesta terça-feira (25), a liquidação do Banco Master. Durante audiência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, o líder do BC afirmou que a autarquia foi quem identificou o esquema e seguiu todo o procedimento adequado.
“O Banco Central trabalhou desde o primeiro minuto”, alegou Galípolo, agradecendo a atuação da Polícia Federal e da Justiça. “Em cada passo que foi dado, o Banco Central seguiu a lei. Quem tem de identificar foi quem identificou”, completou o presidente, ao falar sobre o esquema.
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O economista também criticou os “especialistas de Whatsapp”, como se referiu a publicações feitas por indivíduos nas redes sociais. Para Galípolo, a instituição seguiu “o previsto em lei” ao liquidar o Banco Master.
“Para que a gente possa avançar em um processo efetivo, seja para vetar uma operação ou liquidar um banco, é muito importante que esteja fundamentado juridicamente”, defendeu o presidente do BC ao pontuar que, diante de toda decisão, a opinião pública vai divergir.
Liquidação
O Banco Central anunciou, na última terça-feira (18), a liquidação do Banco Master, e o dono da instituição financeira, Daniel Vorcaro, foi preso em São Paulo durante operação da Polícia Federal.
A declaração de liquidação é feita quando o BC considera a situação de um banco irrecuperável, o que refletiu no afastamento dos administradores do Master, substituídos por uma indicação da autoridade monetária.
A instituição já havia passado por outra derrota após o BC rejeitar a compra do banco pelo BRB (Banco de Brasília), em setembro deste ano. Apesar de a negociação não ter sido concluída, a Justiça decretou o afastamento temporário do presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior.
Operação
A operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal, mira um esquema que teria usado títulos de crédito inexistentes para movimentar grandes somas entre o Banco Master e o BRB (Banco de Brasília).
A investigação levou à liquidação extrajudicial do Master e de outras cinco empresas ligadas ao grupo, além de prisões, bloqueios de bens e aprofundamento das análises sobre outros produtos financeiros supostamente adulterados.
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