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R7 Brasília

Presidente do PT diz que Lula protegeu Haddad ao falar sobre meta de déficit zero em 2024

Gleisi Hoffmann avaliou que a fala do presidente retirou a responsabilidade do ministro da Fazenda sobre a política fiscal

Brasília|Agência Estado

Gleisi Hoffmann também criticou política do Banco Central
Gleisi Hoffmann também criticou política do Banco Central

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “protegeu” o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao falar que o governo “dificilmente” cumpriria a meta de déficit zero em 2024. Para a parlamentar, o resultado “primário zero será impossível no ano que vem” e parte da responsabilidade disso é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Netos.

A declaração de Gleisi foi feita em suas redes sociais, nas quais ela escreveu que “infelizmente nem tudo depende dele [de Haddad] e da equipe econômica, como o crescimento da receita, por exemplo”. “Entram aqui Congresso Nacional, decisões judiciais e postergações administrativas. Também entra outro grande obstáculo, que é a criminosa taxa de juros mantida nas alturas pelo BC de Campos Neto”, escreveu.

A deputada acrescentou que “quanto mais realistas as metas, menos complicadas ficam as negociações políticas”. “Sem drama, a vida continua com a perspectiva de todos poderem melhorar”, disse.

A declaração de Lula foi feita na manhã desta sexta-feira (27) em um café com jornalistas no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente afirmou que a meta estabelecida dificilmente seria cumprida e disse que o mercado é “ganancioso” e faz cobranças irreais ao governo.


“Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país", afirmou.

Entenda

A meta de déficit zero foi estabelecida por Haddad como uma prerrogativa para que o arcabouço fiscal funcionasse. O pronunciamento de Lula foi visto como negativo por alguns representantes políticos e pelo mercado financeiro.

Para o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, Danilo Forte (União Brasil-CE), por exemplo, a fala de Lula foi “broxante”. “As declarações do presidente Lula sobre o abandono da meta fiscal causam constrangimento ao ministro Fernando Haddad, que tem lutado muito para o atingimento do déficit zero a partir da aprovação da agenda econômica”, afirmou o deputado em uma nota à imprensa.

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