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R7 Brasília

‘Processos tinham por objetivo real atingir o presidente Lula’, diz defesa de José Dirceu

Condenações foram anuladas por decisão do ministro Gilmar Mendes na noite desta segunda-feira

Brasília|Gabriela Coelho e Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Condenações foram anuladas por Gilmar Mendes Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo

A defesa do ex-ministro José Dirceu afirmou que recebeu com “tranquilidade” a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que anulou as condenações do ex-integrante do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. “A decisão, que restitui seus direitos políticos, entende que os processos contra Dirceu tinham como objetivo real atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que demonstra a quebra de parcialidade das ações”, declarou o advogado, Dr. Roberto Podval.

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Na decisão, obtida pelo R7, Gilmar Mendes argumenta que as acusações eram “um ensaio da denúncia que seria oferecida contra o atual presidente”. “Os membros da força-tarefa da Lava Jato se especializaram na utilização de estratégias midiáticas, baseadas na espetacularização do processo penal, para influenciar a opinião pública contra os investigados e seus defensores”, afirmou o decano da Corte.

Veja nota completa da defesa de Dirceu

O ex-ministro José Dirceu recebeu com tranquilidade a decisão do Supremo Tribunal Federal que anula todas as condenações da Operação Lava Jato que o envolvem. A decisão, que restitui seus direitos políticos, considera que os processos contra Dirceu tinham como objetivo real atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que demonstra a quebra de parcialidade das ações.

A anulação atende ao pedido da defesa do ex-ministro, que solicitou a extensão da decisão da 2ª Turma do Supremo, a qual considerou parciais as decisões da Lava Jato e do ex-juiz Sérgio Moro nos casos envolvendo o presidente Lula. José Dirceu sempre confiou na Justiça.


Moro

Por meio das redes sociais, o ex-juiz federal e atual senador, Sergio Moro (União Brasil-PR) defendeu que “não existe base convincente para anulação da condenação de José Dirceu na Lava Jato."

Entenda

A defesa de Dirceu argumenta que, assim como ocorreu com Lula, as investigações e condenações de seu cliente foram resultados de uma estratégia organizada e executada pela força-tarefa da Lava Jato e pelo ex-juiz Sérgio Moro para debilitar o partido político (PT). Gilmar Mendes continua, afirmando que a condenação de Dirceu seria um “alicerce” para a condenação de Lula.


“A confraria formada pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores de Curitiba encarava a condenação de Dirceu como um objetivo a ser alcançado para alicerçar as denúncias que, em seguida, seriam oferecidas contra Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou o ministro. A decisão também destaca que o grupo teria “abusado” de conduções coercitivas, nas quais os réus eram expostos ao público como “criminosos conduzidos”.

A parcialidade do então juiz federal Sérgio Moro também seria comprovada no que Gilmar chamou de “um projeto de poder que visava não apenas à cassação dos direitos políticos do paciente, mas também a privá-lo de participar das eleições presidenciais de 2018”, referindo-se ao atual presidente.

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