Professores da rede pública do Distrito Federal continuam em greve nesta sexta-feira (5)
O governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu à Procuradoria-Geral do DF que acione a Justiça contra a paralisação dos docentes
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
As escolas públicas do Distrito Federal amanheceram fechadas nesta sexta-feira (5). Este é o segundo dia de greve dos professores e orientadores educacionais da rede pública. Os profissionais reividicam reestrutração de carreira para categoria e recomposição salarial. O governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu à Procuradoria-Geral do DF (PGDF) que acione a Justiça contra a paralisação dos professores.
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Em entrevista ao Balanço Geral DF, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirmou que a pasta foi supreendida com a greve, pois um grupo de trabalho estava atuando para evitar a paralização dos profissionais. "A categoria achou que devia ter mais um aumento, além dos 18% que foi dado para todos os servidores do GDF", disse. A secretária se refere ao projeto sancionado pelo governador que aumenta em 18% o salário de servidores públicos efetivos, aposentados e pensionistas do DF. O governo dará o aumento em três parcelas de 6% no mês de julho de 2023, 2024 e 2025. O impacto aos cofres públicos será de R$ 8 bilhões.
De acordo com a secretária de Educação, mesmo com a greve dos professores, a negociação entre a categoria e o governo será mantida. "O diálogo vai continuar, estamos em tratativas. Foi apresentado para o GDF um novo plano de cargos e salários, mas dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que o governo verificou que dava para atender agora eram os 18% [de aumento]", disse Paranaguá.
Justiça
O governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu à Procuradoria-Geral do DF (PGDF) que acione a Justiça contra a paralisação dos professores que começou nesta quinta-feira (4). Um professor em início de carreira com 40 horas de aula por semana recebe, hoje, R$ 5.016,53, com gratificações. Segundo informações da Secretaria de Fazenda, no fim da carreira o profissional pode ganhar até R$ 10 mil.
No discurso da sanção do projeto de lei que aumenta o salário de servidores, o governador fez referência à importância do sindicato no diálogo com o governo, mas ressaltou que a comunicação deve ser franca e aberta com todas as categorias do DF, desde que não "radicalizem". "Passei 25 anos da minha vida advogando para sindicatos aqui desta cidade, então eu também sei radicalizar", ressaltou.
A vice-governadora Celina Leão (PP) afirmou que o governo não negociará com os professores enquanto houver greve. Já o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) recomenda que "é muito importante que cada professor(a) e orientador(a) educacional converse com seus colegas, com a comunidade escolar, para que o máximo de escolas possível paralise suas atividades".