Programa do MEC investirá para aproximar famílias e escolas
O DF fará parte do projeto. Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, participou do lançamento com ministro Milton Ribeiro
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, participou, na tarde desta terça-feira (21), do lançamento do Programa Educação e Família, do Ministério da Educação. As escolas de educação básica da capital federal estão entre as 5,7 mil unidades de ensino do país que participarão da ação.
As escolas atendidas terão, como missão, conduzir projetos que aproximem as famílias dos alunos dos estabelecimentos de ensino, melhorando, com isso, o rendimento dos estudantes. Em 2019, escolas que atuaram para envolver os responsáveis pelos alunos nas atividades escolares tiveram um rendimento médio de 0,6 a mais que as outras na nota do Ideb das séries iniciais do ensino fundamental.
O MEC vai liberar para o Educação e Família, cerca de R$ 16 milhões. Na cerimônia, Hélvia Paranaguá destacou a importância da família no desenvolvimento escolar dos estudantes. Ela lembrou, ainda, que a pandemia de covid-19 impôs novos desafios na educação e colocou pais e professores como coresponsáveis pelo desempenho dos estudantes.
Ao R7, a secretária destacou que o governador Ibaneis Rocha tem uma visão semelhante sobre a participação da família na vida do estudante. "É um programa muito bem vindo. Está em sintonia com o que quer o governador Ibaneis Rocha, que também tem uma secretaria voltada para a família. Nesse momento de retorno de aulas presenciais, pandêmico, é importante o papel da família na vida escolar do filho, para que ele não abandone a escola, que acompanhe, que aprenda com qualidade e exerça sua cidadania que é um direito constitucional", disse.
O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Rabelo, destacou que o projeto surgiu, justamente, levando em conta os impactos da covid-19 no ensino. Ele destacou que os estabelecimentos de ensino deverão apresentar projetos com metas e prazos. "Para o ano de 2021, serão selecionadas 5,6 mil escolas. Para 2022, o programa poderá agregar um total de 17 mil escolas", afirmou. "O foco é planejamento de ações para ajudar os estudantes a construírem seus projetos de vida", completou.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, destacou que os profissionais de saúde foram os heróis nos anos da pandemia. Segundo ele, porém, os professores serão os atores principais nos anos pós pandemia. "Respeitamos a todos, somos um estado laico, mas também temos direito de pensar, e o que pensamos é que as famílias são importantes nos valores. Incentivamos os adultos a lerem para as crianças. Nós acreditamos que a escola ensina, mas a família educa. Não abrimos mão desses preceitos", afirmou.
"A família tem uma participação muito grande na educação. Estamos lançando um programa da conexão da família com a escola, para nessa retomada, as famílias voltarem a ter protagonismo da recondução e educação de seus filhos. Em um primeiro momento, os valores não são tão altos. E algumas escolas foram selecionadas. Investiremos algo em torno de 16 milhões. São ações pontuais", completou. A ministra da Mulher, Família, e Direitos Humanos, Damares Alves, também participou do lançamento.
O Educação em Família terá quatro ações estratégicas para chegar às escolas e auxiliá-las nos projetos de aproximação de pais ou responsáveis por estudantes aos estabelecimentos de ensino. O Programa Dinheiro Direito nas Escolas (PDDE) Educação e Família fará os repasses às unidades no DF ou nos municípios participantes. A Formação Continuada deverá garantir que os projetos desenvolvidos sejam permanentes.
O Conselho Escolar, por sua vez, deverá legitimar a participação da comunidade escolar, incluindo pais ou responsáveis, que deverão participar dos planos de ação de cada unidade de ensino. E, a quarta ação, o Clique Escola, é um aplicativo de celular projetado para democratizar o acesso da família às informações educacionais.