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PT resiste a dar ministério do Bolsa Família a Simone Tebet

Integrantes do governo de transição temem dar muito poder a senadora e risco para as eleições de 2026

Brasília|Renata Varandas, da Record TV, e R7, em Brasília

Senadora Simone Tebet durante sabatina do Jornal da Record para o primeiro turno das eleições
Senadora Simone Tebet durante sabatina do Jornal da Record para o primeiro turno das eleições

Quando as eleições de 2022 terminaram, o nome da senadora Simone Tebet (MDB) era dado como certo para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, pasta responsável pelo programa Bolsa Família, como voltará a ser chamado o atual Auxílio Brasil. Um mês depois do resultado das urnas, não está certa a posição que Tebet ocupará — e se ocupará — no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo integrantes da equipe de transição, uma ala forte do Partido dos Trabalhadores é resistente à ida da senadora emedebista por considerar a pasta "importante demais". O principal medo do grupo é que ela se torne a "mãe" do Bolsa Família e represente uma ameaça aos petistas em 2026.

O temor dessa ala do PT se deve ao fato de o partido não ter um sucessor natural para Lula na próxima disputa para a Presidência da República. Sem o "pai" do Bolsa Família na disputa e sem sucessor natural, o caminho ficaria livre para Simone Tebet, que não é petista e também é considerada independente do MDB.

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Apesar da resistência de parte dos petistas, há quem aposte, entre interlocutores da transição, que Lula bancará a indicação de Tebet para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome como reconhecimento da força que ela teve na campanha e por ser considerada um fator decisivo para a vitória do petista no segundo turno.

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