Quase 3.000 israelenses e palestinos vivem de forma temporária, provisória ou permanente no Brasil
Dados, de setembro, são da Polícia Federal; apenas Sergipe, Amapá e Maranhão não têm registro de pessoas dessas nacionalidades
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
Quase 3.000 cidadãos de Israel e da Palestina vivem no Brasil, segundo dados de setembro do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra), da Polícia Federal. As informações incluem registros ativos temporários, provisórios e de residência. São 1.715 israelenses, espalhados em 22 unidades federativas, e 1.059 palestinos, em 19.
Sergipe, Amapá e Maranhão são os únicos locais onde não há cidadãos dessas duas nacionalidades. A maior concentração das nacionalidades é no estado de São Paulo, que tem 1.012 israelenses e 498 palestinos. Veja a divisão completa:
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O Brasil mantém relações com Israel desde 1949 e com a Palestina desde 1975. A maior parte das pessoas desses países em solo nacional são residentes. Confira:
Israel: 1.715
• Residentes: 1.648 (96%);
• Provisórios: 22 (1,3%);
• Temporários: 45 (2,7%).
Palestina: 1.059
• Residentes: 982 (93%);
• Provisórios: 68 (6,4%);
• Temporários: 9 (0,6%).
Laços comerciais
Entre janeiro e setembro, o Brasil exportou US$ 570,4 milhões para Israel e importou US$ 1,06 bilhão do país, com saldo negativo de US$ 497,4 milhões. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No sentido contrário, a balança comercial com a Palestina no mesmo período foi positiva. O Brasil vendeu US$ 23,7 milhões ao país e comprou US$ 100 mil dele, com superávit de US$ 23,6 milhões.
Conflito
O grupo palestino Hamas lançou no último sábado (7) mais de 5.000 foguetes em direção a Israel e sequestrou corpos de soldados israelenses mortos em confrontos na fronteira, afirmou a ala militar da organização islâmica, enquanto Israel declarava estado de alerta de guerra.
O balanço do número de mortos no conflito subiu, nesta segunda (9), para 1.360 (800 israelenses e 560 palestinos). Segundo dados divulgados por autoridades dos dois países, mais de 5.000 pessoas ficaram feridas nos bombardeios dos últimos três dias.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), cerca de 1.700 brasileiros que estão na região já pediram para voltar para o Brasil. De acordo com o Itamaraty, a maioria das solicitações é de turistas em Tel Aviv e Jerusalém. Três brasileiros continuam desaparecidos.