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Queiroga diz que é 'drástico' demitir quem não se vacinou

Ministro da Saúde reuniu-se com o presidente do STF para debater questões relacionadas ao SUS

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considera medida de demissão exagerada para não vacinados
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considera medida de demissão exagerada para não vacinados

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira (4) que considera uma medida drástica demitir pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19. Apesar da declaração, o titular da Pasta disse que o Brasil segue com uma boa campanha de imunização e defendeu que as pessoas compareçam aos locais de aplicação para tomar a primeira dose, a segunda dose e a dose de reforço.

Queiroga reuniu-se com o ministro Luiz Fux, no STF (Supremo Tribunal Federal), para tratar de uma ação que discute o custeio, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), de medicamentos de altíssimo custo. Entre as doenças a serem tratadas com os remédios está a AME (Atrofia Muscular Espinhal), que afeta as células do sistema espinhal responsáveis pelo controle dos músculos. 

Queiroga comentou uma portaria do Ministério do Trabalho que veda a demissão por justa causa de quem não apresentar comprovante de vacinação. Caso não mostre o documento, o trabalhador pode apresentar exame com resultado negativo realizado nas últimas 72 horas.

"Na realidade, nós queremos criar empregos, sobretudo empregos formais, com carteira assinada. Essa portaria é no sentido de dissuadir demissões no caso do indivíduo ser ou não vacinado. A vacina as pessoas devem buscar livremente. Agora mesmo, na Europa, existem três situações que garantem esse acesso mais livre aos locais de trabalho etc. Uma espécie de passaporte. Considera aqueles que adoeceram há seis meses por Covid, aqueles que têm teste negativo de 72 horas e o fato de ser vacinado", disse o ministro.


Queiroga afirmou que incentiva quem ainda não tomou a segunda dose a procurar o posto de vacinação. Ele disse ainda ter conversado diversas vezes com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o tema. "O presidente é um grande incentivador disso [da vacinação], pois ele aportou R$ 20 bilhões para a compra de doses. O Ministério da Saúde historicamente pugnou pela defesa do emprego. Então nós achamos muito drástico demitir pessoas porque elas não quiseram se vacinar", disse.

"Como médico, eu sempre consegui que meus pacientes conseguissem aderir aos tratamentos na base do convencimento", completou o ministro. Ele afirmou, também, que o governo está garantindo imunizantes para 2022 e já tem 200 milhões de doses encomendados. A aplicação, de acordo com Queiroga, vai depender de estudos científicos que vão avaliar o tempo de imunização para quem se vacinou, além de outros fatores. 

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