Refit mudou estrutura após investigação da atuação do PCC no setor de combustíveis
Movimentações ligadas ao conglomerado passaram de R$ 500 milhões, em 2018, para R$ 72 bilhões em 2024
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
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Informações da Receita Federal indicam que o Grupo Refit, principal alvo da megaoperação realizada nesta quinta-feira (27), alterou sua estrutura financeira após uma investigação que apontou ligações entre o setor de combustíveis, operadores do mercado financeiro da Faria Lima e o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A mudança ocorreu após a paralisação das distribuidoras atingidas pela ação policial, o que levou o grupo a reformular seu modelo de atuação.
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Segundo as apurações, a estrutura financeira utilizada desde 2018 foi substituída por um novo modelo ainda mais lucrativo.

Com isso, os operadores financeiros, que antes eram responsáveis por movimentar cerca de R$ 500 milhões, passaram a gerir mais de R$ 72 bilhões a partir de 2024.
Medidas incluem bloqueio de R$ 10 bi em bens e o cumprimento de mandados em 5 estados e no DF
Divulgação/MPSP - 27.11.2025
Como funcionava o esquema de fraudes?
Por meio de operações financeiras complexas, o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimento e offshores, incluindo uma exportadora sediada fora do Brasil, para ocultar e blindar lucros.
Segundo a Receita Federal, as operações financeiras eram administradas pelo próprio grupo, que controlava empresas do setor financeiro e utilizava estruturas internacionais para realizar a blindagem patrimonial.
As investigações identificaram que uma grande operadora financeira atuava como sócia de outras instituições que também prestavam serviços ao grupo, formando um núcleo interligado.
Esse núcleo financeiro movimentou mais de R$ 72 bilhões entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025.
O esquema envolvia uma empresa financeira “mãe”, responsável por controlar diversas empresas “filhas”, criando operações complexas que dificultavam a identificação dos reais beneficiários dos recursos.
Assim como em investigações anteriores, como a Operação Carbono Oculto, foram exploradas brechas regulatórias, entre elas as chamadas “contas-bolsão”, que dificultam o rastreamento do fluxo financeiro.
De acordo com a Receita Federal, a principal instituição financeira mantinha 47 contas bancárias em seu nome, todas vinculadas contabilmente às empresas do grupo.
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