Registro de candidaturas encolhe 37,7% no DF em quatro anos
Partidos têm até as 19h desta segunda-feira (15) para cadastrar o nome dos postulantes a cargos públicos
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
A poucas horas para o fim do prazo de registro de candidatura, 783 candidatos se registraram na Justiça Eleitoral para concorrer às eleições de outubro pelo Distrito Federal. O montante é 37,7% menor do que o total de registros feitos no pleito passado. Em 2018, foram confirmados 1.257 postulantes a cargo público.
Depois do registro das candidaturas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) vai julgar os pedidos. Nesta terça-feira (16), será dada a largada no período de campanha eleitoral.
Governo
Neste ano, 11 candidatos vão disputar o governo do DF. Entre eles, o governador Ibaneis Rocha (MDB) vai tentar a reeleição. O empresário Paulo Octávio, cujo nome foi confirmado na convenção do PSD, ainda não teve a candidatura registrada. O período se encerra às 19h desta segunda-feira (15).
Apenas duas mulheres integram a corrida ao Palácio do Buriti: Keka Bagno (PSOL) e Leila Barros (PDT). O número é o mesmo da eleição passada. Além disso, cinco mulheres foram escolhidas para compor as chapas como vice-candidatas ao governo.
Senado
Neste ano, os moradores do DF terão de escolher apenas um novo nome para o Senado. E, pela primeira vez, quatro mulheres vão pleitear a vaga deixada pelo senador Antônio Reguffe (União Brasil): Damares Alves (Republicanos), Flávia Arruda (PL), Rosilene Correa (PT) e Elcima Augusto (PSTU).
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Câmara dos Deputados
Até agora, 187 candidaturas foram registradas para concorrer à Câmara dos Deputados. Destas, 66 são de mulheres, o que equivale a 35,2% do total. A legislação eleitoral exige que pelo menos um terço das candidaturas seja de um dos sexos.
Na Câmara, a quantidade de parlamentares a que cada estado tem direito varia conforme o tamanho da população. A bancada do DF tem oito cadeiras. Ao todo, sete deputados vão tentar a reeleição. Além dos candidatos à reeleição, três ex-governadores se lançaram na disputa por uma vaga na Casa: Rodrigo Rollemberg (PSB), Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PL).
Parte dos candidatos também optou por destacar a profissão junto ao nome usado na campanha. Os ligados à segurança pública somam 11 nomes, entre delegados, comandantes, sargentos, tenentes, majores, generais e capitães. Mais dez assinalaram que são professores. Os da área da saúde também ressaltaram o ofício: cinco médicos. Outros destacaram a orientação religiosa: dois são pastores e um é dom.
Câmara Legislativa
As candidaturas para a Câmara Legislativa foram as responsáveis pela redução nos registros. Enquanto na eleição passada 981 tentaram se viabilizar como distritais, neste ano o número caiu quase pela metade: serão 544 postulantes, uma queda de 44%. Ainda assim, a concorrência é elevada: são 22,6 candidatos por vaga, já que a Casa tem 24 cadeiras.
E, como é de costume, os nomes que vão aparecer nas urnas demonstram a criatividade dos candidatos: Magaiver, Angelina Jolie, MC Bandida, Seu Nutri e Salve Jorge são alguns exemplos de candidatos. Há ainda os mandatos coletivos, em que um grupo de candidatos informais acompanha o nome de um candidato. Entre eles, estão o Coletivo Hellen Frida, Comuns, Mandata Bem-Viver e Donas.
Para a CLDF, pelo menos 35 postulantes estão ligados à área de segurança pública e inseriram a patente no nome de urna. Outros 28 destacaram que são professores.
Lula e Bolsonaro
Neste ano, apenas um candidato à Câmara dos Deputados atrelou seu nome de urna a um dos principais candidatos à Presidência da República: o intérprete de Libras Fabiano Guimarães adotou o sobrenome Bolsonaro. Nenhum se registrou com o nome Lula.
Para a CLDF, três vão usar o sobrenome do presidente: Cristina Vale, ex-mulher de Bolsonaro; Léo Índio, primo dos filhos do presidente; e Kelly Bolsonaro, que não é parente.