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R7 Brasília

Reino Unido confisca R$ 40 milhões de ex-executivo da Petrobras condenado pela Lava Jato

Pedido foi feito pelo Escritório de Fraudes Graves, mirando US$ 7,7 milhões da conta de Mario Ildeu de Miranda

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Refinaria da Petrobras
Refinaria da Petrobras

O Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO, na sigla em inglês) confiscou mais de US$ 7,7 milhões de uma conta do ex-executivo da Petrobras Mario Ildeu de Miranda, condenado por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Na conversão do câmbio desta segunda-feira (20), o montante representa mais de R$ 40 milhões. 

O órgão britânico revelou que este foi o maior valor apreendido de uma única conta bancária ao longo da história de retenções.

O R7 procurou a defesa de Miranda, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

A conta bancária estava congelada pelo SFO desde agosto de 2020, depois que as autoridades descobriram que os fundos estavam vinculados a Miranda. "A investigação revelou que ele [Miranda] canalizou recursos criminais por meio de várias contas bancárias internacionais usando diversos nomes de empresas", afirmou o órgão. 


"Ao longo de dois anos, desvendamos uma complexa rede de transações em todo o mundo, expondo a tentativa do senhor Miranda de ocultar provas criminais e garantindo que o Reino Unido não possa ser usado como esconderijo para bens criminais", destacou a diretora do SFO, Lisa Osofsky. 

O SFO descobriu que os recursos da conta bloqueada vieram de uma conta bancária na Suíça. Antes de fazer o depósito, Miranda teria lavado o dinheiro vindo de proprina em outras contas em países como Bahamas, Emirados Árabes Unidos, Malta e Portugal.


A investigação britânica revelou ainda que o dinheiro sujo serviu para financiar o "estilo extravagante" do acusado, incluindo mais de US$ 1 milhão em hotéis e cassinos em Las Vegas, nos Estados Unidos, bem como US$ 95.000 em um novo carro de luxo.

No Brasil, o ex-executivo foi condenado em fevereiro de 2019 a 6 anos e 8 meses de prisão por lavagem de dinheiro. Ele chegou a ser preso durante a 51ª fase da Lava Jato, mas foi solto após pagar R$ 10 milhões em fiança e confessar a participação no esquema de corrupção.

Miranda foi apontado pelo Ministério Público Federal como "operador financeiro" no envio de pelo menos US$ 11,5 milhões para contas estrangeiras secretas de ex-funcionários da Petrobras. Ele foi investigado pela Polícia Federal pelo pagamento de propina de mais de US$ 56,5 milhões. O dinheiro, resultado de uma fraude de contrato entre a Petrobras e a construtora Norberto Odebrecht, teria sido repassado entre 2010 e 2012.

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