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Relator da CPI diz que Barros é 'comandante de roubalheira'

'O papel desse Ricardo Barros na vida nacional é um papel lamentável. Ele precisa ser exemplarmente punido', disse Renan

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

À mesa, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR)
À mesa, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) À mesa, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR)

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), "é o comandante de um dos maiores esquemas de roubalheira que assaltou o Ministério da Saúde". O deputado federal se tornou alvo da comissão depois que os senadores passaram a apontar sua proximidade com a Precisa Medicamentos, empresa que chegou a fechar contrato de R$ 1,6 bilhão com o ministério para venda de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. 

“Nós estamos avaliando que o deputado Ricardo Barros é o comandante de um dos maiores esquemas de roubalheira que assaltou, entre outros órgãos públicos, o Ministério da Saúde. Isso está tudo evidentemente comprovado. Agora pelo FIB Bank, pela sua relação com o Roberto Ferreira Dias, pela maneira com que eles roubavam, publicavam arquitetura do próprio roubo. Isso é uma coisa inédita na própria história da corrupção. O papel desse Ricardo Barros na vida nacional é um papel lamentável. Ele precisa ser exemplarmente punido”, afirmou Renan.

Além da relação de Barros com a Precisa, como apontado na comissão, os senadores também mostraram indícios de atuação do líder do governo em negociações envolvendo a vacina contra a Covid-19 do laboratório CanSino, negociado no Brasil pela empresa Belcher Farmacêutica. Na semana passada, o sócio da empresa, Emanuel Catori, admitiu à CPI que Barros agendou uma reunião que o empresário teve com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na sede da pasta.

Além disso, a empresa tem sede em Maringá (PR), cidade onde o deputado foi prefeito, e um dos sócios da Belcher, Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que atuou na prefeitura da cidade na gestão de Barros e é amigo do deputado.

No caso do FIB Bank, citado por Calheiros, Barros é amigo do advogado e empresário Marcos Tolentino, apontado pelos senadores como sócio oculto da empresa, o que ele nega. A empresa era garantidora do contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. A FIB Bank deu uma garantia no valor de R$ 80,7 milhões em imóveis, e apesar de se chamar “bank” (banco, em inglês), não é uma instituição bancária, mas sim como uma prestadora de garantias fidejussórias (garantias pessoais sob as dívidas de terceiros).

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