Brasília Relator da reforma tributária espera que Congresso aprove proposta até junho

Relator da reforma tributária espera que Congresso aprove proposta até junho

Deputado Aguinaldo Ribeiro vai apresentar relatório em maio; texto deve juntar sugestões de dois projetos sobre o tema

  • Brasília | Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) durante audiência na Câmara sobre reforma tributária

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) durante audiência na Câmara sobre reforma tributária

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados - 1.3.2023

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator na Câmara da reforma tributária, disse nesta quarta-feira (1º) que espera a aprovação do tema no Congresso Nacional até o fim do primeiro semestre deste ano.

De acordo com o parlamentar, ele vai apresentar o relatório final sobre a reforma na segunda quinzena de maio. Assim que o texto for entregue, ele acredita que Câmara e Senado devem acelerar a votação da matéria e aprovar o tema até junho. “Isso depende de todos juntos. Mas nós vamos trabalhar para isso”, comentou Ribeiro.

Nesta quarta, o deputado apresentou o plano de trabalho do grupo técnico instituído pela Câmara que vai discutir a reforma tributária. Ribeiro também foi designado para ser o relator do colegiado. Os debates começam na semana que vem e vão até 16 de maio, quando Ribeiro vai entregar o parecer dele sobre os trabalhos do grupo.

De acordo com o deputado, os primeiros encontros servirão para que os parlamentares discutam os principais projetos de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional. São duas propostas de emenda à Constituição (PECs), uma de autoria do Senado, e a outra, da Câmara.

A proposta de reforma tributária do Senado sugere a extinção de nove impostos (IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cide-combustíveis, CSLL, ICMS e ISS) e estabelece que no lugar deles sejam criados um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e um Imposto Seletivo. O texto da Câmara pretende juntar cinco tributos (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) no IBS e também pede a criação do Imposto Seletivo.

Ao fim dos trabalhos, o grupo técnico da Câmara deve sugerir a construção de um texto único com base nas PECs para que o Congresso possa votar uma reforma tributária que seja consenso entre deputados e senadores.

“Estamos discutindo a reforma tributária desde 2019, a Câmara e o Senado também. Nós vamos, agora, maturar, evoluir e modernizar esses textos e, politicamente, ajustar para que nós possamos votar o mais rápido possível. Eu defendo, após o grupo de trabalho concluir o seu relatório, nós elaborarmos o nosso relatório [sobre as PECs] para levarmos ao plenário”, destacou Ribeiro.

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