Relatório do CNJ mostra que percentual de juízas é de 38%; 62% no cargo são homens
A informação está no relatório Justiça em Números 2023; nas instâncias superiores, a diferença entre gêneros é ainda maior
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O percentual de juízas em todo o Poder Judiciário é de 38%, revela um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dos ocupantes do cargo, 62% são homens. Entre desembargadores, as mulheres representam 25% e, entre ministros, 18%. A informação está no relatório Justiça em Números 2023, apresentado nesta segunda-feira (28) na 2ª Reunião Preparatória do 17º Encontro Nacional do Poder Judiciário.
De acordo com o documento, o índice de servidoras admitidas para cargo de confiança ou função comissionada no Poder Judiciário é de 56%. Na Justiça Estadual, o percentual é de 59%. Na Justiça do Trabalho, é de 53%, e na Justiça Federal, de 53%. A proporção é invertida na Justiça Militar (36%); nos tribunais superiores (45%); e na Justiça Eleitoral (47%).
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No Supremo Tribunal Federal (STF), dos 11 ministros, as mulheres são apenas duas: Cármen Lúcia e Rosa Weber. Além delas, a Corte teve apenas outra mulher entre seus integrantes: Ellen Gracie. A atual presidente, Rosa Weber, vai se aposentar em setembro. Caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar a pessoa que vai subsituí-la.
Em junho, Weber citou a falta de mulheres em tribunais superiores do país. A declaração foi feita em uma reunião com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö. Ao líder estrangeiro, ela contou que foi a primeira magistrada de carreira a entrar no STF.
"No Brasil nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo", disse.
No Superior Tribunal de Justiça (STJ), atualmente há seis mulheres, entre 33 ministros. As ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães se aposentarão do cargo até dezembro de 2023. Laurita Vaz se aposenta em outubro, quando completará 75 anos. Magalhães faz 75 anos em janeiro, mas já deu sinais de que pretende antecipar sua aposentadoria para dezembro, antes do recesso do Judiciário.