Republicanos, PP e PL formam bloco para apoiar Rogério Marinho à presidência do Senado
Candidato vai concorrer com Rodrigo Pacheco, atual presidente da Casa; apoio será formalizado no próximo sábado (28)
Brasília|Do R7, em Brasília
Os partidos Republicanos, PP e PL anunciaram a formação de bloco no Senado Federal para apoiar a candidatura do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) à presidência da Casa. O acordo será formalizado em encontro na sede do PL em Brasília no próximo sábado (28).
De acordo com o PL, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se reuniu com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, com a senadora eleita e futura líder do PP, Tereza Cristina, e com Marinho para decidir sobre a formação de apoio.
"O bloco PL/PP/Republicanos dá musculatura política a Rogério Marinho, que deseja resgatar a independência e o protagonismo do Senado Federal, se eleito", diz trecho da nota. Valdemar Costa Neto articulava nos bastidores o apoio do Republicanos e do PP a Marinho junto com o PL.
O principal adversário de Marinho é o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Até o momento, o presidente do Senado soma apoio de sete partidos: PSD, PT, Rede, Cidadania, PSB, PROS e PDT.
Candidatura de Marinho
Rogério Marinho (PL-RN) oficializou, em dezembro, a candidatura à presidência do Senado prometendo combater o que chamou de ativismo judicial. Candidato escolhido pelo PL em alinhamento direto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marinho trava forças contra a reeleição do atual presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ao anunciar a candidatura, Marinho citou as manifestações que ocorrem desde o fim das eleições a favor de Bolsonaro e disse que elas são "bem-vindas", desde que sem ferir princípios constitucionais. "Se manifestar pelo inconformismo faz parte do processo democrático", defendeu.
Para o senador eleito, o que deve ser combatido são os excessos e o radicalismo "daqueles que se utilizam desses subterfúgios para praticarem atos antidemocráticos e do cerceamento da liberdade de expressão das pessoas. Isso que ameaça nossa democracia".
Durante a conversa com jornalistas, Marinho criticou as decisões judiciais que bloquearam contas de deputados e influenciadores que apoiam Bolsonaro e disse ser necessário fazer frente ao que chamou de "ativismo, criatividade judicial".
Ele também criticou Pacheco por não questionar os bloqueios, dizendo que o presidente do Congresso "não pode se omitir na hora que a liberdade e inviolabilidade do mandato está em jogo. Significa agressão direta ao parlamento brasileiro".
Ex-ministro do Desenvolvimento Regional e ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marinho foi indicado por Bolsonaro na semana passada, durante um almoço com as lideranças do PL, conforme apurou a reportagem. Inicialmente, a disputa interna era entre ele, Eduardo Gomes (PL-TO) e Carlos Portinho (PL-RJ).
* Com informações da Agência Estado