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Reunião ministerial feita por Bolsonaro em 2022 é a ‘confissão maior’ dos crimes, diz Moraes

Ao falar sobre o assunto, o magistrado classificou o momento como o de ‘maior entreguismo nacional’

Brasília|Rafaela Soares e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Alexandre de Moraes classifica reunião ministerial de Bolsonaro em 2022 como a 'confissão maior' dos crimes.
  • A reunião é vista como um ato de 'maior entreguismo nacional' e atentado contra a democracia.
  • Procurador-geral afirma que o 'golpe já estava em curso' durante os encontros entre Bolsonaro e ministros.
  • Ministros do STF iniciam leitura dos votos para decidir sobre a autoria das infrações penais e possíveis condenações.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Julgamento foi retomado neste terça-feira com voto de Moraes Rosinei Coutinho/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a reunião ministerial feita durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, é a “confissão maior” dos crimes elencados pela acusação. Ao falar sobre o assunto durante seu voto, nesta terça-feira (9), o magistrado classificou, ainda, a reunião com embaixadores, também em 2022, como o momento de “maior entreguismo nacional”.

“Não há confissão maior de unidade de desígnios para os crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República. Jair Bolsonaro, numa mesma reunião, fala em guerra. Anderson Torres diz que está preparando uma equipe da Polícia Federal para atuar de forma mais incisiva. Paulo Sérgio afirma que está na linha de frente contra os inimigos. Augusto Heleno declara que, se tiver que ‘dar um soco na mesa’ ou ‘virar a mesa’, será antes das eleições”, pontuou, citando quatro dos oito réus.


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Moraes comentou, ainda, que a ilegalidade não estaria no encontro do ex-presidente com os embaixadores, mas, sim, no conteúdo da reunião, “que constitui mais um ato executório atentando contra a democracia, o Estado Democrático de Direito, o Poder Judiciário”, disse.

Não é a primeira vez que a reunião é citada no julgamento. Na primeira semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o “golpe já estava em curso” durante os encontros.


“Quando o presidente e o ministro da defesa reúnem os comandantes das forças armadas, que estão sob sua direção, a executar fases finais do golpe, o golpe ele mesmo já está em curso de realização”, disse.

Moraes diz não ter dúvida sobre golpe e ressalta que julgamento discute autoria dos crimes

Durante a leitura do voto do julgamento no núcleo crucial da trama golpista, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse não haver dúvidas sobre uma tentativa de golpe. Segundo ele, o objetivo do processo é discutir a autoria dos crimes.


“Esse julgamento não põe em discussão se houve ou não tentativa de golpe, se houve ou não tentativa de abolição do Estado de Direito. O que se discute é a autoria das infrações penais imputadas. Não há nenhuma dúvida quanto a esses elementos, e, mais do que isso, não há dúvida de que houve tentativa de abolição do Estado de Direito”, disse, nesta terça-feira (9).

A partir de hoje, os ministros iniciam a leitura dos votos, avaliando o mérito da questão e decidindo se os réus devem ou não ser condenados, além de definir as penas.


Perguntas e Respostas

Qual foi a declaração de Alexandre de Moraes sobre a reunião ministerial de 2022?

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que a reunião ministerial realizada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro é a “confissão maior” dos crimes. Ele descreveu o momento como o de “maior entreguismo nacional”.

O que Moraes destacou sobre os participantes da reunião?

Moraes mencionou que durante a reunião, Jair Bolsonaro falou em guerra, enquanto Anderson Torres indicou que estava preparando uma equipe da Polícia Federal para atuar de forma mais incisiva. Paulo Sérgio afirmou que estava na linha de frente contra os inimigos, e Augusto Heleno declarou que tomaria medidas drásticas antes das eleições.

Qual foi a análise de Moraes sobre a reunião com embaixadores?

O magistrado comentou que a ilegalidade não estava no fato do encontro em si, mas no conteúdo da reunião, que ele considerou um ato que atenta contra a democracia e o Estado Democrático de Direito.

Como a reunião foi mencionada em julgamentos anteriores?

Na primeira semana do julgamento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o “golpe já estava em curso” durante os encontros, destacando que a reunião entre o presidente e o ministro da defesa com os comandantes das forças armadas indicava que o golpe estava em fase de realização.

O que Moraes afirmou sobre a tentativa de golpe?

Durante a leitura do voto no julgamento, Moraes declarou que não havia dúvidas sobre a tentativa de golpe e que o objetivo do processo era discutir a autoria dos crimes. Ele enfatizou que o julgamento não questiona se houve ou não uma tentativa de golpe, mas sim a autoria das infrações penais.

Qual é o próximo passo no julgamento?

A partir de hoje, os ministros do STF iniciarão a leitura dos votos, avaliando o mérito da questão e decidindo se os réus devem ser condenados, além de definir as penas.

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