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Rui Costa chama tarifa dos EUA de ‘chantagem’ e diz que Brasil ‘não ficará refém’

Ministro da Casa Civil afirmou que governo prepara série de medidas de reciprocidade caso tarifaço de Trump seja mantido

Brasília|Clarissa Lemgruber e Rute Moraes, do R7, em Brasília

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Rui Costa afirmou que governo prepara medidas de reciprocidade caso tarifaço de Trump seja mantido Ailton Fernandes/Casa Civil - 12.06.2025

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou como “inacreditável” e “inaceitável” a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% a produtos brasileiros. Segundo ele, o país não aceitará “chantagens” e prepara uma série de medidas de reciprocidade caso o tarifaço seja mantido.

“É um absurdo, chega a ser inacreditável. Mais do que nunca, o povo brasileiro vai dizer em alto e bom som que o Brasil é independente de todo e qualquer país e preza por sua soberania. O Brasil não ficará de cabeça baixa, não ficará refém”, afirmou neste domingo (13) durante evento de entrega de moradias do Minha Casa, Minha Vida, na Bahia.


O ministro criticou a postura do presidente Donald Trump e ironizou o formato da comunicação. “Todo mundo achava que um hacker tinha invadido a conta do presidente da República americana, porque isso nunca aconteceu na história da diplomacia internacional. [...] Nem enviou por e-mail, nem por fax. E a carta até hoje não chegou fisicamente. Ou seja, isso não existe”, disse.

Segundo Costa, o episódio representa uma tentativa de chantagem do governo norte-americano sobre o Brasil. “A chantagem é: ou você liberta alguém que está respondendo a um processo criminal ou nós vamos penalizar a população, os empresários e a economia brasileira. É um negócio inaceitável”, criticou.


Resposta brasileira

O ministro afirmou que um grupo de trabalho foi criado para coordenar a resposta brasileira ao tarifaço. A equipe é formada pela Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério da Indústria e Comércio e Secretaria de Relações Institucionais, sob coordenação do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin.

“Ao longo da semana, vamos fazer o decreto de regulamentação da reciprocidade e preparar as medidas até 1º de agosto. Se essa tarifa for efetivada de fato, nós adotaremos várias medidas para proteger o interesse da economia brasileira, do emprego e da atividade econômica do nosso país”, afirmou.


Rui também comentou sobre a suspensão da compra de pescados brasileiros pelos EUA, lembrando que a Bahia é um dos estados mais afetados pela medida.

Ele defendeu a busca de novos mercados e medidas firmes em caso de retaliações comerciais: “Se essa taxa se mantiver, nós vamos aplicar a reciprocidade com várias medidas. Não serão só apenas taxas, outras medidas serão adotadas”, reforçou.

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