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Saiba como operação contra senador pode mudar a rota da CPMI do INSS

Weverton já foi alvo de pedidos dentro do colegiado; nova ação será usada para pedido de aumento a tempo das investigações

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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O senador Weverton Rocha (PDT-MA) foi alvo de operação da PF ligada ao INSS Carlos Moura/Agência Senado - 16.12.2025

A nova operação da PF (Polícia Federal), ligada ao esquema de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), alcançou o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e pode influenciar os rumos da CPMI que investiga o caso no Congresso Nacional.

O parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão e chegou a ter a prisão solicitada pela PF, pedido que não foi atendido pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal).


O senador passou a ser investigado após reuniões com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS e apontado como principal operador do esquema. Weverton também é citado como suspeito de atuar como sócio oculto do investigado.

A operação da PF prendeu ainda o número dois da Previdência, André Fidelis, que chegou ao INSS por indicação do senador Weverton e, no passado, atuou como chefe de gabinete do parlamentar.


A relação com Fidelis e com o Careca do INSS motivou pedidos para que o senador fosse convocado a depor na CPMI do INSS, mas as solicitações ainda não foram analisadas. A expectativa é de que a demanda pelo depoimento seja retomada no próximo ano, com nova votação na comissão.

“O senador recebeu em seu gabinete e em sua residência o referido lobista, que, conforme apurado pela PF e pela CGU, controlava entidades de fachada e intermediava contratos fraudulentos para realizar filiações em massa de aposentados e pensionistas sem qualquer consentimento”, diz trecho da justificativa apresentada em setembro à comissão pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP).


Prorrogação dos trabalhos

A ação policial também passou a ser citada como argumento para a prorrogação dos trabalhos da CPMI em 2026. A proposta, defendida pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), prevê a extensão dos trabalhos por 90 dias, com encerramento apenas em maio.

“Diante da dimensão nacional e da profundidade desse esquema, afirmo que é absolutamente indispensável a prorrogação da CPMI por mais 60 dias. Somente assim será possível aprofundar as apurações, rastrear patrimônio oculto, identificar todos os responsáveis e garantir justiça plena às vítimas”, defendeu Viana.


O pedido de prorrogação depende do apoio de congressistas. A previsão é de que Viana conduza a coleta de assinaturas e formalize a solicitação em janeiro, segundo apurou o R7.

Quem é Weverton Rocha

Weverton Rocha é vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado. O parlamentar relatou a indicação de Jorge Messias ao STF e a proposta de revisão da Lei do Impeachment. Ele foi eleito suplente de deputado federal em 2010 e assumiu o mandato em 2012.

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