Saúde e Iges são alvo de operação do Ministério Público do DF
Suspeita é de irregularidades em contratos com empresa de informática; promotores realizam buscas nesta manhã
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O Ministério Público do Distrito Federal deflagrou a Operação Malware na manhã desta quarta-feira (16) para apurar irregularidades no âmbito da Secretaria de Saúde e do Iges (Instituto de Gestão Estratégica). O caso, que tramita em segredo de Justiça, é conduzido pela Prosus (Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A suspeita é de fraudes em contratos com empresas de informática.
Procurada, a Secretaria de Saúde se manifestou sobre o caso por meio de nota e informou que "aguarda a conclusão das investigações para prestar todos os esclarecimentos ao órgão fiscalizador dentro do prazo estabelecido por eles. Quaisquer prejuízos públicos serão objeto de processo de apuração."
Já o Iges-DF comentou que é o "o maior interessado em esclarecer todas as dúvidas e apresentar todas as informações para que tudo seja devidamente apurado". Segundo o instituto, estão sendo realizadas auditorias em contratos de gestões anteriores, inclusive no documento objeto da apuração do MPDFT.
O Iges ressaltou ainda que o contrato foi rescindido em julho de 2020, e que o último pagamento foi depositado há um ano. "Estão bloqueados R$ 8.016.985,58, para garantir a lisura e prevenir prejuízos até que toda a apuração seja devidamente concluída", diz a nota.
Durante evento da agenda oficial, o governador Ibaneis Rocha também comentou sobre a operação e afirmou que espera que os responsáveis pelas fraudes sejam punidos. "Fico feliz com o trabalho do Ministério Público, acho que é trabalho das entidades fazer a fiscalização. Nós do governo vamos colaborar com tudo. Esperamos que o MP chegue ao fim dessas investigações e depois, se for o caso, façam as denúncias, quem tiver que ser punido, que seja punido. Eu não compacto com corrupção".