A SES (Secretaria de Saúde) do DF confirmou dois casos de febre maculosa, causada por carrapatos, na última quarta-feira (2). A pasta informa que as duas vítimas contraíram a doença no próprio Distrito Federal, mas não confirmou o local de contaminação. Ambos já estão recuperados. Os casos confirmados foram em moradores das regiões do Riacho Fundo 1 e do Lago Norte. As vítimas são um homem que tem entre 15 e 20 anos e uma mulher da faixa etária de 40 a 49 anos. Em 2024, 59 casos de febre maculosa foram notificados no Distrito Federal. Do total, 40 foram descartados, 17 ainda permanecem em investigação e os dois citados são os únicos confirmados. A última ocorrência da doença na capital federal foi registrada em 2020, e o último óbito ocorreu há 20 anos.A SES afirma que comunicou o Ministério da Saúde sobre os casos e reuniu equipes de vigilância e assistência para adotar as ações indicadas imediatamente. “Os cuidados com os carrapatos no ambiente e nos animais devem ser permanentes. A estação seca é o período em que a população de carrapato é abundante no ambiente e é composta principalmente de larvas e ninfas”, completa. Em caso de ocorrência de carrapatos, a vigilância ambiental pode ser acionada para realizar uma inspeção e indicar as medidas de prevenção e controle através do telefone 3449-4428 ou pela ouvidoria da SES, discando 160.A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, que é transmitida por meio da picada de um carrapato-estrela infectado, não sendo passada diretamente de pessoa para pessoa nem pelo contato com animais infectados.Os principais sintomas da doença são:• febre;• dor de cabeça intensa;• náusea;• vômitos;• diarreia;• dor abdominal;• dor muscular constante;• inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;• gangrena nos dedos e orelhas; e• paralisia dos membros que inicia nas pernas e sobe até os pulmões causando parada respiratória.O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A medicação é empregada por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso, podendo levar a óbito.