Secretaria de Saúde do DF descarta caso suspeito de febre maculosa
Pasta realizou três exames e todos deram negativo, segundo análise do Laboratório Fundação Ezequiel Dias, de Minas Gerais
Brasília|Do R7, em Brasília
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal e o Laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed) descartaram o caso suspeito de febre maculosa envolvendo uma criança da capital federal. A menina tinha um diagnóstico positivo em um hospital privado do DF, no entanto, após uma série de três coletas de sangue conduzidas pela Secretaria — realizadas nos dias 31 de agosto, 11 de setembro e 15 de setembro — a doença foi descartada. Os exames foram encaminhados pela Secretaria do DF para a Funed, em Minas Gerais, referência nacional na testagem de febre maculosa.
Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero, até o momento não foram registrados casos confirmados na capital do país. No entanto, ações de vigilância epidemiológica e ambiental permanecem em andamento. Após o caso suspeito, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) realizou inspeção na área do Pontão do Lago Sul para investigar a possível presença de carrapatos contaminados com a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa. Contudo, não foi encontrado nenhum animal infectado nem na orla do lago, nem na capital federal.
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Valero frisa que os casos suspeitos de febre maculosa demandam investigações aprofundadas devido à necessidade de metodologias laboratoriais especializadas. A pasta orienta que qualquer caso suspeito, seja na rede pública ou privada, seja notificado compulsoriamente ao Sistema de Informação Oficial da Secretaria de Saúde para fins de monitoramento e investigação.
Fique atento
A febre maculosa é uma doença infecciosa de natureza febril aguda, que pode evoluir para casos graves, associados a elevadas taxas de letalidade. A infecção ocorre quando o carrapato estrela, portador da bactéria Rickettsia, pica um ser humano. No Brasil, duas espécies de Rickettsia estão ligadas a quadros clínicos da doença: a Rickettsia rickettsii, responsável pela febre maculosa grave, concentrada nos estados das regiões Sudeste e Sul do país; e a Rickettsia parkeri, identificada em áreas de Mata Atlântica (como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), causando formas menos severas da doença.
Alguns dos principais sintomas incluem febre súbita, forte dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular persistente, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés, gangrena em dedos e orelhas, e paralisia de membros.
Diante de qualquer sinal de picada de carrapato ou dos primeiros indícios da doença, a orientação é buscar atendimento médico em uma unidade de saúde e comunicar ao médico a suspeita de ter sido picado por um carrapato contaminado.