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Secretário de Estado dos EUA fala com chanceler brasileiro sobre disputa entre Venezuela e Guiana

Antony J. Blinken e Mauro Vieira conversaram por telefone, e americano reforçou posição dos EUA de respeito às fronteiras

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante evento no Palácio Itamaraty
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante evento no Palácio Itamaraty O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante evento no Palácio Itamaraty

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou por telefone com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony J. Blinken, para tratar do conflito entre Venezuela e Guiana em torno do território de Essequibo. A conversa ocorreu na quarta-feira (13). Segundo o governo americano, Blinken agradeceu ao Brasil pela liderança diplomática na busca de uma resolução pacífica da disputa entre os dois países. 

O secretário de Estado informou a posição dos Estados Unidos de que a fronteira terrestre deve ser respeitada, a menos que, ou até que, as partes cheguem a um novo acordo ou um órgão legal competente decida de outra forma.

Vieira e Blinken discutiram o apoio à missão de segurança multinacional no Haiti, e o secretário americano convidou o chanceler brasileiro a se juntar aos Estados Unidos para condenar os ataques recentes do grupo Houthi, no Iêmen. Não há resposta do ministro do Itamaraty sobre esse último caso, segundo comunicado da Casa Branca. 

Leia mais: Lula pede a Maduro que evite 'medidas unilaterais' em disputa com a Guiana por Essequibo

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Nesta semana, o ditador Nicolás Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, se reuniram em meio às crescentes tensões na resolução da controvérsia sobre Essequibo, uma região entre os dois países rica em petróleo e outros recursos naturais. O encontro entre os dois líderes foi promovido pela Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e pela Caricom (Comunidade do Caribe).

Lula foi convidado para participar da reunião, mas enviou em seu lugar o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim. O governo brasileiro defende a ideia de que o conflito seja solucionado via diplomática, sem armas. O ministro da Defesa garantiu que o país não vai permitir o uso do território de Roraima para eventual ação dos venezuelanos. 

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"Venho aqui para buscar, pela única via possível, a via do diálogo e da negociação, soluções efetivas", disse Maduro antes do encontro. "Trago os fatos comigo", afirmou por sua vez o presidente da Guiana. Como o R7 mostrou, a reunião é marcada por posições antagônicas sobre a pauta do encontro.

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Maduro considera que a reunião com Ali é "uma grande conquista para abordar de maneira direta a controvérsia territorial" e afirma que tem o apoio dos venezuelanos após o referendo de 3 de dezembro, que aprovou a criação de um novo estado no território do país vizinho.

O presidente da Guiana, por outro lado, nega que a disputa territorial esteja na agenda e insiste em sua posição de que a questão deve ser resolvida na CIJ (Corte Internacional de Justiça), que não tem jurisdição reconhecida pelo governo venezuelano. A Guiana levou o caso ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e anunciou contatos com "aliados", como os Estados Unidos, que organizaram exercícios militares em Essequibo.

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