Sem consenso, comissão adia votação do Orçamento 2022
Parlamentares ainda buscam entendimento em torno do projeto que deve alcançar marca de R$ 2 trilhões nas receitas primárias
Brasília|Hellen Leite, do R7, e Renata Varandas, da Record TV
A votação do relatório do Orçamento 2022 na CMO (Comissão Mista de Orçamento), que estava prevista para esta segunda-feira (20), foi adiada para a terça (21). Parlamentares ainda buscam entendimento em torno do projeto que deve alcançar um marco histórico nas finanças públicas, ultrapassando a marca de R$ 2 trilhões nas receitas primárias do governo federal.
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Os deputados pediram que o relator Hugo Leal (PSD-RJ) alterasse alguns pontos do texto e devem usar o dia de hoje para aparar as arestas. A nova previsão é que o relatório seja votado na manhã de terça-feira na comissão e vá ao plenário no período da tarde. A peça tem de ser aprovada ainda em 2021 para evitar o bloqueio parcial da execução orçamentária.
O relatório final do Orçamento de 2022, divulgado nesta segunda (20) por Leal, prevê R$ 89,9 bilhões para o Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família, no ano que vem. O parlamentar também incorpora uma abertura de R$ 113,1 bilhões no teto de gastos com a PEC dos Precatórios, promulgada na semana passada.
Salário mínimo
O texto prevê também o aumento do salário mínimo em 2022. De acordo com o relator, a remuneração básica passará de R$ 1.100 para R$ 1.210,00 no próximo ano. O valor é R$ 41,00 maior que os R$ 1.169,00 considerados inicialmente pelo governo no relatório apresentado em agosto.
O valor previsto no relatório leva em consideração um aumento de 10,04% do (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2021, indicador da inflação usado como referência para o reajuste do salário mínimo.