Sem negociação, greve dos professores continua no DF
Novo encontro entre governo e professores está agendado para esta quarta (24); categoria está em paralisação desde 4 de maio
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
Em greve há 19 dias, professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal estão pressionando o Governo do DF com o intuito de aprimorar a proposta apresentada em reunião com a comissão de negociação. Nesta segunda-feira (22), está programada a realização de assembleias locais nas regiões administrativas para avaliar a proposta do governo.
Uma nova assembleia geral da categoria está marcada para esta quinta-feira (25). A categoria está em greve desde 4 de maio por reivindicação de melhores salários e condições de trabalho.
De acordo com o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), entre os pontos negociados com o governo, estão:
• a convocação dos aprovados no último concurso realizado para o magistério, em 2022;
• o direito a atestado de acompanhamento para professores em regime de contratação temporária;
• a concessão de ampliação de carga horária para solicitações feitas até o momento;
• encaminhamento do projeto de lei para validar o tempo de exercício como contrato temporário ao se tornar efetivo, dentre outros.
"A comissão de negociação do Sinpro avalia que a proposta do GDF indica avanços. Entretanto, ainda há ajustes a serem feitos para que os pontos estejam mais próximos de atender as necessidades da categoria do magistério público", divulgou o sindicato.
Justiça
No início da paralisação, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios determinou a interrupção do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. A diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, explicou que o sindicato recorreu da decisão, mas o pedido ainda não foi julgado.
Reajuste
O governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou um projeto de lei com reajuste linear de 18%, dividido em três parcelas anuais de 6%, para todo o funcionalismo da capital. Para o Sinpro-DF, porém, o aumento não é suficiente, e a primeira parcela não cobre as perdas salariais após cinco anos sem reajuste.