Sem registro de febre maculosa, DF investiga 42 casos suspeitos; outros 62 foram descartados este ano

O Distrito Federal investiga 42 casos suspeitos de febre maculosa, segundo a Secretaria de Saúde. Desde o começo do ano, 62 possíveis registros foram descartados. A capital federal não registra a doença nos últimos 20 anos. Em 2022, outras 22 suspeitas foram descartadas e, em 2021, mais 10 casos foram investigados, todos negativos.

Após os óbitos ocorridos em São Paulo no início de junho por febre maculosa, houve um aumento de atendimentos em unidades públicas e privadas de pacientes relatando sintomas parecidos ao da doença.

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O protocolo para análise laboratorial dos casos suspeitos requer duas amostras que devem ser coletadas com intervalo de pelo menos 14 dias. O material é encaminhado para o laboratório de referência, em Minas Gerais. Portanto, o prazo de investigação dos casos, geralmente, é de 60 dias.

Suspeita em criança

Um dos casos sob investigação da Secretaria de Saúde do DF é de uma criança, que não teve a idade revelada, que chegou a ficar cinco dias internada em um hospital privado da capital do país. Um exame feito na unidade de saúde teria constado como positivo para a febre maculosa. Segundo a família, ela teria sido infectada no Pontão do Lago sul, onde fica a região administrativa mais nobre de Brasília. A criança recebeu alta e se recupera em casa.

Segundo a pasta, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) recebeu a primeira amostra do caso na última segunda-feira (11), e a previsão para sair o resultado é de 30 dias. O governador Ibaneis Rocha estuda a possibilidade de contenção de capivaras para evitar contágio pelos carrapatos.

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, que é transmitida por meio da picada de um carrapato-estrela infectado, não sendo passada diretamente de pessoa para pessoa nem pelo contato com animais infectados.

Os principais sintomas da doença são:

• febre;

• dor de cabeça intensa;

• náusea;

• vômitos;

• diarreia;

• dor abdominal;

• dor muscular constante;

• inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;

• gangrena nos dedos e orelhas; e

• paralisia dos membros que inicia nas pernas e sobe até os pulmões causando parada respiratória.

O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A medicação é empregada por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso, podendo levar a óbito.