Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Senadores decidem nesta quinta se vão debater PEC das Drogas mesmo em meio a julgamento no STF

Oposição pressiona para pautar a proposta na CCJ, mas Rodrigo Pacheco já indicou que quer esperar pelo Supremo Tribunal Federal

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Presidente da CCJ não confirmou se vai participar
Presidente da CCJ não confirmou se vai participar Presidente da CCJ não confirmou se vai participar (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Senadores vão se reunir nesta quinta-feira (7) para decidir se discutem ou não a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que criminaliza o porte e a posse de drogas. O encontro está previsto para ocorrer às 10h, no gabinete do senador Marcos Rogério (PL-RO), vice-presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A pressão para pautar é feita pela oposição, que quer repercutir a pauta em meio ao julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o mesmo tema.

A informação foi dada pelo presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que não confirmou se estará presente. "Posso viajar, e o vice-presidente pauta", disse.

Nos bastidores, o acordo é de que a matéria entraria na discussão da CCJ na próxima semana, mas Alcolumbre também não deu garantias. "A pauta do Senado, a pauta das comissões do Senado, elas independem da pauta de outros Poderes", afirmou.

Publicidade

A oposição pressiona pela discussão enquanto o STF julga a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Na avaliação do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), o movimento não simboliza um contraponto ou reação ao Supremo, mas uma "afirmação da prerrogativa do Parlamento brasileiro de definir e decidir assuntos que são da nossa competência".

Caso a decisão fique nas mãos do vice-presidente da CCJ, a indicação é de que seja confirmada a inclusão na pauta. Marcos Rogério já possui um entendimento sobre a necessidade de discutir a PEC na comissão. "O papel de legislar cabe ao Parlamento e a formulação de políticas públicas, ao Poder Executivo. Estamos vivendo período de inversão de papéis", afirma.

Publicidade

Alterar o texto após decisão do STF

Aos que defendem aguardar uma decisão do STF antes de debater a PEC das Drogas, a justificativa é a de que seria preciso promover mudanças ao texto a partir do entendimento da Corte. Os caminhos em relação ao porte entre os dois Poderes são opostos.

Enquanto o Judiciário caminha para formar uma maioria descriminalizando o porte de maconha para usuários, o Legislativo propõe criminalizar qualquer porte ou posse de todas as drogas.

Publicidade

"A depender do que vier concretamente dessa nova modulação [pelo Supremo], pode ser que haja necessidade de modificação na Lei de Drogas, o que não impede que nós avancemos com a PEC", defendeu Marcos Rogério.

Pacheco prefere aguardar

No entanto, o próprio autor da PEC e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinaliza que a ideia é esperar. "É importante aguardarmos uma decisão do Supremo, que julga um caso concreto e discute aspectos de constitucionalidade, descriminalização", disse nessa terça (5).

Caso a PEC seja pautada na CCJ, a tendência é de que não avance para o plenário antes do fim do julgamento no STF. Os rumos sobre a tramitação também devem ser debatidos em reunião de líderes com Pacheco, nesta quinta (7).

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.