Técnicos da UnB fizeram assembleia nesta sexta
Sintfub/Divulgação- 2.6.2023Servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) entraram em greve nesta sexta-feira (2). São cerca de 4,5 mil funcionários da ativa e aposentados que reivindicam a volta do pagamento da Unidade de Referência de Preço (URP) — um índice de 26,05% pago sobre a remuneração deles. A parcela foi suspensa por uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
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O pagamento era garantido por uma liminar cassada por Gilmar Mendes em 24 de maio. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) vão se reunir com o ministro para discutir o problema na próxima quarta-feira (7). De acordo com um dos diretores do Sintfub, Maurício Sabino, a reitora da UnB, Márcia Abrahão, está promovendo encontros com autoridades em apoio à categoria.
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"Os servidores sofreram um corte violento no salário, que pode colocar uma parcela desses trabalhadores em perigo de vida. Quem fez um empréstimo consignado, por exemplo, o salário virá com o desconto e a pessoa pode ficar sem dinheiro para comer. É uma gratificação que recebíamos há 31 anos. A decisão do ministro Gilmar Mendes foi inesperada", afirmou Sabino.
Além da reunião com o ministro, grevistas pretendem conversar com estudantes nas próximas semanas. Há a previsão também de um café da manhã com parlamentares do Congresso Nacional eleitos pelo Distrito Federal. "Nossa expectativa é que no fim desse processo venha uma decisão favorável", disse o diretor sindical.
Apesar da greve, 30% dos servidores que atuam no Hospital Universitário de Brasília (HUB), nos hospitais veterinários da universidade ou que trabalham em áreas como culturas de bactérias ou manipulação de lixo tóxico permanecerão trabalhando para evitar prejuízos irreversíveis.
Segundo uma publicação do Sintfub, advogados do sindicato também entrarão com um recurso junto ao STF para tentar garantir o pagamento da URP. A intenção é protocolar o pedido na próxima segunda-feira (5).
"O Sintfub entende que a perda repentina de 26,05% do total das remunerações, paga há mais de 30 anos, agrava-se quando somada ao arrocho salarial que servidores da categoria sofrem há quase 10 anos. Por isso, insistimos sobre a importância do apoio à causa por parte de todas as categorias da Universidade, incluindo os(as) docentes", afirma a publicação.