Setor de serviços é ‘pedregulho’ no debate da reforma tributária, diz Simone Tebet
A ministra reconheceu que é preciso garantir que setor não seja prejudicado com as mudanças em impostos e prometeu diálogo
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (12) que o setor de serviços ainda é uma preocupação para a análise da reforma tributária no Congresso Nacional. De acordo com ela, o segmento é um “pedregulho” nas discussões sobre o texto, e é preciso manter o diálogo com a classe para superar os pontos de conflito.
Segundo Tebet, o Congresso conseguiu encaminhar a resolução do impasse que envolve a arrecadação dos estados, mas será necessário negociar a situação do setor de serviços.
“Nós tínhamos dois problemas [nos debates no Senado]. Por ser a Casa da federação, um problema era com os governadores: estados que produzem versus estados que consomem. Isso, pela transição longa e gradual [da reforma], resolve praticamente 80% dos conflitos. Ficam alguns pontos menores. O segundo ponto conflituoso que, este sim, vai requerer muito diálogo é com o setor de serviços”, disse a ministra em entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada.
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“Essas foram sempre as duas grandes pedras no caminho da reforma tributária no Senado. Uma virou um pedregulho [setor de serviços], e a outra é uma pedra de menor tamanho [arrecadação de estados]. Então, é diálogo, é debate, é verificar o que pode ser melhorado, aperfeiçoado na reforma”, acrescentou.
O setor de serviços teme o aumento da carga tributária e a perda de postos de trabalho. No fim de junho, antes de a reforma ser aprovada na Câmara dos Deputados, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou um levantamento que mostra que 3,8 milhões de empregos estariam ameaçados e que a carga tributária dos serviços poderia subir 73%.