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Setor hoteleiro quer 'garantia de segurança' para posse após atos de vandalismo em Brasília

Funcionários de hotéis relataram ter encontrado balas de borracha e janelas quebradas em quartos de hóspedes

Brasília|Do R7, em Brasília, e Ingred Suhet, da Record TV

Manifestantes depredaram veículos na noite desta segunda-feira (12) na área central de Brasília
Manifestantes depredaram veículos na noite desta segunda-feira (12) na área central de Brasília

Empresários do setor hoteleiro vão se reunir na tarde desta terça-feira (13) com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e outros órgãos do governo local para tratar dos danos em hotéis após as manifestações ocorridas na noite desta segunda-feira (12) na área central de Brasília.

Funcionários desses estabelecimentos relataram à Record TV ter encontrado balas de borracha e janelas quebradas em quartos de hóspedes. Os empresários esperam dos órgãos públicos algum tipo de garantia de segurança para o dia da posse, em 1º de janeiro, tendo em vista que já há lotação de praticamente 100% dos hotéis para esse evento.

Organizado em resposta à prisão do cacique José Acácio Xavante, líder indígena que questiona o resultado das eleições deste ano e incita atos de violência contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o protesto começou na noite de segunda-feira (12), após manifestantes tentarem invadir a sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, em Brasília.

Por volta das 20h, os manifestantes começaram a atear fogo nos carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte. Diversos veículos foram incendiados. Hóspedes não conseguiram chegar aos hotéis na região e aguardaram a situação se normalizar em um shopping.


Um veículo da Defesa Civil foi depredado e cinco ônibus foram queimados pelos manifestantes.

Nenhum preso

Na manhã desta terça (13), a SSP-DF disse que ninguém foi preso durante os atos de vandalismo ocorridos diante das forças policiais, por mais de três horas, na noite desta segunda-feira (12).


Em nota, a SSP-DF afirmou que os atos foram "praticados por grupos isolados, estão sendo apurados pela Polícia Civil do DF e os participantes, uma vez identificados, serão responsabilizados". Ainda segundo a nota, a Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes, "para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos".

Motivação

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária de José Acácio Tserere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.


Segundo a Polícia Federal (PF), o líder indígena teria realizado manifestações antidemocráticas em diversos locais de Brasília, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente eleitos.

A PGR afirmou que Tserere "vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso".

Para Moraes, "a restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”, afirmou em nota.

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