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Setores econômicos reagem à decisão de Lula: 'É urgente derrubar o veto da desoneração'

Em nota, representantes dos 17 ramos atingidos pelo ato expõem a possibilidade do fechamento 1 milhão de postos de trabalho

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Representantes divulgaram nota conjunta
Representantes divulgaram nota conjunta Representantes divulgaram nota conjunta

Representantes dos 17 setores da economia impactados pelo veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de pagamento emitiram uma nota conjunta, nesta sexta-feira (24), em protesto contra o ato. Segundo as entidades, a derrubada do veto pelo Congresso é necessária para "afastar a insegurança e o risco de fechamento de vagas, bem como permitir o adequado planejamento das empresas e investimentos". 

"A expectativa é que as presidências e lideranças do Senado Federal e da Câmara dos Deputados pautarão e derrubarão o veto 38 com a necessária urgência e amplo apoio dos parlamentares, assim como ocorreu durante a tramitação do projeto de lei", diz a nota.

"A desoneração da folha de pagamentos reduz o custo direto do trabalho formal e estimula contratações e formalizações. Esta relação lógica, que fundamenta posicionamentos públicos de setores empresariais e Centrais Sindicais de trabalhadores, é comprovada através de estudos com base em dados oficiais do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]", completa.

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A manifestação é assinada por 26 entidades representativas dos setores de confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

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Perda de 1 milhão de empregos

Com a decisão de Lula, a desoneração da folha termina em 31 de dezembro deste ano, com um risco de perda de 1 milhão de empregos, alegam as entidades. Por isso, a derrubada do veto deve ocorrer ainda em dezembro. Parlamentares ouvidos pelo R7 afirmam que a tendência é derrubar a decisão de Lula, já que a proposta foi aprovada por ampla maioria na Câmara e no Senado.

Na Câmara, o texto passou com 430 votos a favor e 17 contrários. No Senado, a votação foi simbólica — quando os senadores não registram o voto nominalmente. Para derrubar um veto, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 de senadores. 

Ministério da Fazenda recomendou veto à desoneração

O veto à prorrogação da desoneração foi recomendado a Lula pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, por meio de notas técnicas. Pela medida, em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha do funcionário, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia de 1% a 4,5%, conforme o setor.

A contribuição é feita, mas adequada ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais empregados sem gerar aumento de impostos.

O objetivo da desoneração é aliviar parcialmente a carga tributária. A medida está em vigor desde 2011, quando foi adotada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Inicialmente, 56 setores eram contemplados, mas o ex-presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 2018, uma lei que removeu 39 segmentos do regime. A medida valeria até 2021, mas foi prorrogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2023.

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