Sócios da 123milhas faltam à CPI, e presidente do colegiado pede condução coercitiva
Comissão que investiga pirâmides financeiras também pediu a apreensão dos passaportes de dois sócios da empresa
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras enviou um ofício nesta quarta-feira (30) solicitando apoio policial para condução coercitiva dos irmãos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, dois dos três responsáveis pela 123milhas. Segundo o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), o pedido também cita a apreensão dos passaportes dos irmãos. Ramiro e Augusto deveriam ter prestado depoimento nesta quarta-feira (30), mas não compareceram.
Em um ofício enviado à CPI, os empresários alegaram "questão de agenda" e pediram o adiamento do depoimento. Segundo o documento, Ramiro e Augusto Madureira não foram à Câmara dos Deputados por causa de uma reunião com o ministro do Turismo, Celso Sabino.
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No entanto, segundo o presidente do colegiado, os sócios teriam agendado a reunião com o ministro para "fugir" do depoimento. "Não cabe outra medida a essa comissão que não seja a condução coercitiva. O ofício já foi expedido. Vamos adotar o mesmo modelo com outros depoentes, também pedindo que eles não possam se ausentar do país", afirmou Áureo.
Os irmãos deveriam explicar a suspensão da emissão de passagens aéreas já compradas pelos consumidores.
A suspensão, anunciada pela companhia no último dia 18 de agosto, afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A 123milhas anunciou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers.