STF mantém reajuste de 300% no salário de Zema e de membros do primeiro escalão do Governo de MG
Para o Executivo local, era preciso corrigir a inconstitucionalidade do fato de outros servidores ganharem mais do que o governador
Brasília|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Estado
![Julgamento aconteceu no plenário virtual da Corte](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6FO7L4AHD5ODXI2C7SMUFRAVO4.jpg?auth=564342ee659e19b9a67c18ff552902737ecce9d8826868c5280e28f6c6f70d78&width=1500&height=1000)
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou e arquivou uma ação que questionava o aumento de 300% no salário do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O vice-governador Mateus Simões (Novo) e secretários estaduais também tiveram sua remuneração reajustada. O julgamento aconteceu no plenário virtual da Corte.
A ação é de autoria da Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Conacate), que afirmou que o governo local não apresentou estudos sobre o possível impacto financeiro que os reajustes poderiam ter nos gastos públicos mineiros.
Para o relator da ação, ministro Cristiano Zanin, a Conacate não pode questionar a validade da lei, porque o tema não está relacionado ao propósito da entidade.
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"A instauração de controle abstrato de constitucionalidade por essas entidades demanda, segundo reiterados julgados desta Suprema Corte, a demonstração de pertinência temática entre os objetivos institucionais da pessoa jurídica postulante e o conteúdo específico da norma impugnada", argumentou Zanin em seu voto.
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Os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques acompanharam a relatoria. O ministro Gilmar Mendes também foi favorável ao entendimento de Zanin, mas apresentou ressalvas.
Entenda o caso
Zema sancionou, no primeiro semestre, um texto que autoriza o aumento de quase 300% do próprio salário, escalonado até 2025. A regra também atinge outros membros do alto escalão mineiro.
Ainda em 2023, o salário do chefe do Executivo local passou de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil. Assim, em fevereiro de 2024, o montante passa para R$ 39,7 mil e deve chegar a R$ 41,3 mil em 2025.
Os salários do vice-governador e dos secretários eram de R$ 10,2 mil e R$ 10 mil, respectivamente, antes da lei e passarão para R$ 37,6 mil e R$ 34,7 mil após o fim do escalonamento.
Segundo o governo Zema, era preciso corrigir a inconstitucionalidade do fato de outros servidores do Executivo ganharem mais do que o próprio governador.