‘Minoria barulhenta talvez não nos ame’, diz Gilmar Mendes sobre popularidade do STF
Ministro afirma estar acostumado com críticas e acredita que exposição faz parte do cargo na Corte
Brasília|Do R7, em Brasília

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou em entrevista ao JR Entrevista, que está acostumado com as críticas e que não se incomoda. Ao ser lembrado a posição de destaque no Judiciário costuma gerar reações intensas, ele concordou.
“Costumo dizer que temos uma maioria que nos apoia e uma minoria bastante barulhenta que talvez não nos ame”, declarou.
A íntegra da entrevista vai ao ar nesta quarta-feira (25), na RECORD News.
Leia mais
Durante a entrevista, o ministro foi questionado sobre as críticas ao fórum jurídico que organiza em Lisboa, em Portugal, e afirmou não se importar com elas.
O evento, que reúne autoridades, juristas e acadêmicos, já foi apelidado de “Gilmarpalooza”, referência ao Lollapalooza, festival de música criado em Chicago e realizado anualmente em cidades como São Paulo.
Segundo ele, as reações fazem parte da visibilidade alcançada. “O evento é extremamente bem-sucedido, atrai palestrantes relevantes, e é natural que haja críticas, muitas vezes baseadas em visões distorcidas”, afirmou.
Responsabilização das redes sociais
Questionado sobre a regulação das redes sociais, o ministro afirmou estar otimista com a formação de maioria no STF favor da responsabilização das plataformas pelas publicações ilegais feitas por usuários.
O julgamento foi retomado nesta quarta-feira pela Corte, com o placar parcial a favor da tese da responsabilização.
“Estamos com boas expectativas em criar maioria. Certamente teremos que fazer alguns ajustes aqui e alí”, declarou Mendes.
O ministro também defendeu que as empresas responsáveis pelas plataformas digitais tenham deveres mais claros em relação ao conteúdo que hospedam.
“Empresas que lucram com publicidade e impulsionam atividades online também devem assumir alguma responsabilidade, algum dever de cuidado, para evitar consequências trágicas que, muitas vezes, afetam diretamente nossas famílias”, afirmou o ministro.
Ele citou como exemplo o caso de uma menina de 8 anos do Distrito Federal que morreu ao tentar um desafio com desodorante divulgado nas redes sociais.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
