Suíça anuncia doações para o Fundo Amazônia, mas não diz valor
O Brasil já recebeu R$ 3,3 bilhões neste ano, que, somados aos R$ 2,1 bilhões em receitas financeiras, totalizam R$ 5,4 bilhões
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, e Caroline Aguiar, da Record TV
Em visita ao Brasil, o conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, afirmou nesta quarta-feira (5) que o país europeu vai fazer doações ao Fundo Amazônia, programa que busca financiamento para projetos de redução do desmatamento e de fiscalização da floresta. O representante, porém, não citou valores.
A declaração foi dada na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin. O governo tem se articulado com demais países por investimentos ao Fundo Amazônia. O último anúncio de aporte foi feito no mês passado, quando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comunicou o repasse de 20 milhões de euros.
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O fundo estava paralisado desde 2019, quando os países interromperam as doações. Na época, o caixa era de R$ 3 bilhões. As doações foram retomadas neste ano, e o Brasil já recebeu R$ 3,3 bilhões em doações, além de R$ 2,1 bilhões em receitas financeiras, totalizando R$ 5,4 bilhões.
Os principais doadores são a Noruega e a Alemanha. O Reino Unido já se manifestou a favor da medida, enquanto os Estados Unidos informaram que pretendem injetar R$ 2,6 bilhões nos próximos cinco anos. O envio dos recursos, porém, depende de uma liberação do Congresso americano.
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi criado por decreto, em agosto de 2008, e autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a realizar a gestão da iniciativa, com a função de captação de recursos, contratação e monitoramento dos projetos e das ações de apoio.
O objetivo do Fundo Amazônia é arrecadar dinheiro para ações como:
– controle, monitoramento e fiscalização ambiental;
– manejo florestal sustentável;
– atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação;
– regularização fundiária;
– conservação e uso sustentável da biodiversidade; e
– recuperação de áreas desmatadas.