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Super-ricos pagam menos da metade do Imposto de Renda da classe média

Estudo do Sindifisco mostra que quem ganha acima de 30 salários mínimos teve redução na cobrança desde 2007

Brasília|Yumi Kuwano, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo do Sindifisco revela que super-ricos pagam menos de metade do Imposto de Renda da classe média.
  • Entre 2007 e 2023, alíquotas para quem ganha acima de 30 salários mínimos foram reduzidas, enquanto a classe média teve aumento na carga tributária.
  • A taxa efetiva de IR para quem ganha acima de 320 salários mínimos caiu 37%, enquanto para a classe média aumentou até 2.900%.
  • Debate no Congresso envolve a ampliação da isenção do IR para rendimentos até R$ 5.000 e novas alíquotas para rendas acima de R$ 1,2 milhão ao ano.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Estudo revelou redução de 37% no pagamento do IR para quem tem ganhos acima de 320 salários José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Contribuintes com renda milionária, os chamados super-ricos, pagaram menos da metade do Imposto de Renda da classe média, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (30) pelo Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal).

De acordo com o estudo, entre 2007 e 2023, todos que ganham acima de 30 salários mínimos tiveram redução nas alíquotas cobradas, enquanto a classe média passou a pagar mais.


O percentual da renda total que de fato é cobrada pelo Imposto de Renda caiu 2,56 pontos percentuais para quem tem ganhos acima de 320 salários mínimos — uma redução de 37% no pagamento do IR.

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Por outro lado, a alíquota efetiva para quem está na faixa salarial de R$ 6.600 (de 5 a 7 salários-mínimos) teve aumento de 6,42 pontos percentuais no mesmo período, um acréscimo de 2.900%.


Em 2023, por exemplo, quem recebeu até 5 salários mínimos pagou 2,66%, enquanto quem teve ganhos até 30 salários pagou 9,85% — a maior alíquota.

Quem somou rendimentos de mais de R$ 47 mil por mês pagou um pouco menos, 9,50%. Quem ganhou R$ 121 mil pagou 6,11%, e pessoas com rendas acima de R$ 485 mil pagaram a menor porcentagem depois da primeira faixa: 4,34%.


De acordo com o Sindifisco, as principais causas para a regressividade tributária são o congelamento da tabela do Imposto de Renda e o fim da tributação de lucros e dividendos distribuídos.

Os dados foram divulgados em meio à análise no Congresso da ampliação da isenção do Imposto de Renda que contempla quem ganha até R$ 5.000.


O texto também reduz o imposto para quem ganha até R$ 7.350 e cria alíquotas adicionais de até 10% para quem ganha a partir de R$ 1,2 milhão ao ano. A Câmara deve votar a proposta nesta quarta-feira (1º).

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