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R7 Brasília

Suposta organizadora dos atos extremistas diz que polícia foi 'inerte'

Em depoimento à CPI dos atos extremistas, Ana Priscila Silva de Azevedo disse que havia um 'contigente ínfimo' de agentes

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Ana Priscila Silva de Azevedo depõe na CPI do 8/1
Ana Priscila Silva de Azevedo depõe na CPI do 8/1

Apontada como uma das organizadoras dos atos de 8 de janeiro, Ana Priscila Silva de Azevedo afirmou que viu uma "polícia inerte, que não fez absolutamente nada" contra os extremistas que atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A declaração foi dada em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quinta-feira (28).

"Sou nascida e criada em Brasília e já participei de inúmeros atos aqui e nunca vi a praça dos Três Poderes tão desguarnecida. Não tinha contingente policial nenhum. Nunca vi isso na história. A polícia não fez nada, estava inerte", disse.

"As viaturas dos policiais todas paradas. O que eu vi, o que eu presenciei, foi uma polícia, um contingente ínfimo, inclusive quero até dizer que no momento que eu cheguei, quando eu passei pela barreira, a quebradeira já tinha acontecido. Então, se a quebradeira já tinha acontecido, por que essas duas barreiras de policiais não nos avisaram? Até mesmo não nos impediram de seguir adiante", questionou.

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O relator da CPI, deputado Hermeto, rebateu a afirmação de Ana Priscila e disse que os policiais e praças presentes não eram coniventes com os atos. A depoente, contudo, comparou o policiamento ao de outros eventos, como o 7 de Setembro.


Ana Priscila afirmou que em momento algum pensou que "ser patriota passasse a ser sinônimo de golpista". "Pensava que a democracia me permitia o livre pensamento, que eu poderia ir aonde quisesse. Jamais pensei que poderia ser proibida de falar ou tivesse o meu direito restringido. Só queríamos a transparência", declarou.

Suspeita de organizar os atos, Ana Priscila comparou o pedido dos manifestantes à análise do VAR em uma partida de futebol. "Nós só queríamos essa certeza. A partir do momento que o Ministério da Defesa emite um relatório [sobre possibilidade da fraude nas eleições], nós ficamos ali aguardando pelo menos que os técnicos [da Defesa] tivessem acesso adequado [ao código fonte das urnas]. É um jogo de futebol, senhor deputado. O gol estava impedido ou não? Era como se fosse o VAR naquele momento. Era só isso que nós queríamos saber", disse.


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Perícia

Ana Priscila negou ser de sua autoria um áudio veiculado na CPI em que ela pede para não falarem mal do Exército. "Se não fosse o Exército, todo mundo tinha ficado [preso]. Foi o Exército que avisou tudo, para irmos embora dos acampamentos", dizia a gravação. Depois de ela ter negado ser sua a voz no áudio, o presidente da CPI, Chico Vigilante, pediu perícia da gravação para confirmar se a autoria é da depoente.

A depoente, suspeita de organizar os atos, também afirmou que a quebradeira não foi causada pelos extremistas, e sim por infiltrados da esquerda.

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