Suspeitos de terem agredido Moraes na Itália pedem ao STF acesso às imagens antes da perícia
Três pessoas são apontadas como agressores do ministro e da família dele em aeroporto de Roma, em julho
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
Os advogados dos empresários Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanata, suspeitos de terem hostilizado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma, na Itália, pediram ao STF acesso às imagens do ocorrido antes da perícia da Polícia Federal.
No pedido, a defesa alega que o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que as imagens das câmeras de segurança do aeroporto seriam entregues, até esta sexta-feira (1º), à Autoridade Central brasileira e, na sequência, à Polícia Federal.
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"Dessa forma, em conformidade com os princípios fundamentais do contraditório e da ampla defesa, é a presente para requerer — o que se faz sempre de maneira respeitosa — o fornecimento de cópia integral das imagens provenientes da Cooperação Internacional com a República Italiana, imediatamente após o recebimento pela Polícia Federal, portanto antes de eventual encaminhamento à perícia técnica especializada", dizem os advogados.
Os três suspeitos são apontados como os responsáveis por agressões ao ministro e à família dele. O filho do ministro também teria sido agredido por um dos supostos envolvidos. Eles foram abordados pela PF em julho ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e responderão em liberdade a inquérito por crimes contra a honra e ameaça.
Moraes estava na Itália com a família para uma palestra na Universidade de Siena, no Fórum Internacional de Direito. As agressões ocorreram no aeroporto internacional de Roma.
Moraes foi xingado e chamado pelos agressores de comunista. O ministro conduziu o TSE durante as eleições de 2022 e é relator dos inquéritos sobre os ataques de 8 de janeiro. O STF informou que não vai se manifestar sobre o caso.