Taxa de desmatamento cai 77,2% no Pantanal, 48,4% no Cerrado e 2% na Amazônia, diz Inpe
Governo federal lançou nessa quarta-feira dois planos para o controle do desmatamento no Pantanal e na Caatinga
Brasília|Do R7, em Brasília
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados nessa quarta-feira (18) mostraram que, de agosto a novembro de 2024, houve queda de 77,2% no desmatamento no Pantanal, de 48,4% no Cerrado e 2% na Amazônia em relação ao mesmo intervalo de 2023.
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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a área desmatada no Pantanal entre esses meses foi de 146,15 km², e no Cerrado, de 1.222 km².
Os números foram divulgados durante a quarta reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento.
“Quando a gente olha o que está acontecendo no Cerrado, onde nós tivemos uma queda de desmatamento por nove meses consecutivos, conseguimos mostrar que os planos de prevenção e controle do desmatamento funcionam e funcionam com proficiência”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Planos de combate ao desmatamento
O governo federal também lançou na quarta-feira dois planos para o controle do desmatamento no Pantanal e na Caatinga. Os projetos visam reforçar a abordagem de políticas públicas em combate à pratica ilegal nos biomas.
“Esse trabalho é fundamental para a gente cumprir as metas. Um hectare de mata, derrubado e queimado, emite 300 toneladas de carbono. Então, um dos setores mais importantes para a gente reduzir as emissões de gases de efeito estufa é o combate ao desmatamento”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou do encontro.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, as principais causas de desmatamento nesses biomas são:
- Substituição da vegetação nativa por espécies exóticas para expansão da pecuária;
- Supressão da vegetação nativa para expansão da agricultura;
- Exploração de recursos minerais;
- Dificuldades em determinar a legalidade do desmatamento no bioma;
- Predominância de áreas privadas, dificultando a governança ambiental.
- Uso da vegetação nativa como fonte de energia;
- Instalação de empreendimentos energéticos (eólicos e solares);
Os planos para o Pantanal buscam fortalecer a cooperação entre União, estados e municípios, implementar a Política de Manejo Integrado do Fogo, criar instrumentos normativos para regulamentar a supressão de vegetação e promover práticas de agricultura e agropecuária sustentáveis.
Para a Caatinga, o governo vai avançar na regularização fundiária e ambiental, promover práticas de agricultura sustentável, reconhecer territórios PCT (Povos e Comunidades Tradicionais) e fortalecer linhas de crédito para pequenos produtores.
De acordo com a pasta, a Amazônia e o Cerrado também possuem planos de ação para reduzir o desmatamento. Já os projetos para a Mata Atlântica e o Pampa serão lançados na primeira quinzena de fevereiro, após a realização de consultas públicas.