Taxa de transmissão da Covid-19 no DF se aproxima de pico de 2020
Estatística é a maior desde quando a pasta começou a divulgar dado, em outubro de 2020. Saúde prevê explosão de casos
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
A taxa de transmissão da Covid-19 no Distrito Federal desta sexta-feira (7) ficou em 1,66. É o maior índice desde 16 de outubro de 2020, quando a pasta começou a divulgar a estatística diariamente. O indicador avalia a transmissão do vírus na capital. Um valor acima de 1 indica que a pandemia está avançado. Hoje, cada 100 contaminados transmitem a doença para outras 166 pessoas.
A taxa de transmissão mais alta da capital federal aconteceu em 2020, quando chegou a 2,61, em data exata não divulgada pela Secretaria de Saúde. Também nesta sexta-feira, o boletim epidemiológico da Saúde registrou 1.565 novos casos e três mortes. Ao todo, a capital federal contabiliza 524.916 contaminados pela doença e 11.119 óbitos.
A taxa de transmissão da doença já indicava alta nesta quinta (6), quando atingiu 1,45. O valor, então, era o mais alto desde 16 de outubro, sendo superado pela estatística desta quinta. Na quarta (5), a taxa era de 1,27, a maior em 10 meses. Em 9 de março de 2021, a marca foi de 1,28.
De acordo com o secretário-adjunto de assistência à saúde, Fernando Damasceno, a expectativa é de uma explosão de casos nos próximos 45 dias. Segundo a pasta, no entanto, a expectativa é de que a maior parte dos novos infectados apresentem sintomas leves e, graças à vacinação, não há tendência de aumento da mortalidade.
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Ainda segundo Damasceno, o governo continuará a estimular a testagem da população. A intenção é manter os positivos em casa para frear o aumento no número de casos. Ainda assim, a pasta está preparada para remobilizar leitos de UTI para atender os mais graves, caso seja necessário.
“Estamos testando muito mais. Estamos distribuindo testes para todos os pontos da rede. Vamos atrás de mais testes para testar em grande quantidade. A Omicron vai nos exigir respostas rápidas, e passar para a população. A maioria dos casos são adultos jovens de 20 a 40 anos”, afirmou Damasceno.