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Temer chegou ao Planalto com rascunho de carta à nação pronto

Ministros Flávia Arruda e Ciro Nogueira ajudaram a finalizar construção do texto divulgado por Bolsonaro

Brasília|Maurício Ferro, do R7, em Brasília

Ex-presidente da República Michel Temer
Ex-presidente da República Michel Temer Ex-presidente da República Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou ao Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (9), com um rascunho da carta à nação, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro, pronto. A ministra Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) ajudaram a finalizar o texto.

Tanto Flávia Arruda como Ciro Nogueira participaram da reunião com Bolsonaro e Temer. Ambos são políticos e, como ministros, atuaram nos bastidores para apaziguar os ânimos depois das declarações do presidente no 7 de Setembro.

Bolsonaro participou de atos a favor do governo federal durante o feriado em Brasília e em São Paulo. Na capital paulista, chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “canalha”. Depois, declarou que não cumpriria decisões judiciais dele.

O presidente da República ficou isolado após as declarações, e os ministros do governo entraram em campo para colocar panos quentes na situação. Tanto Flávia como Ciro estão, desde antes dos atos do dia 7, no trabalho de articulação e convencimento, especialmente com Bolsonaro.

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Nesse trabalho, estão inclusas conversas com integrantes do poder Judiciário e visita ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é aliado do Palácio do Planalto e foi eleito para o cargo com a ajuda de Bolsonaro.

A interpretação dentro do Planalto é de que a declaração à nação é “muito importante” por se tratar de uma sinalização positiva para os outros poderes, para o mercado e para a população.

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Atritos prejudicam agenda econômica

Também há dentro do Planalto a interpretação de que as declarações de Bolsonaro que geram atritos entre os poderes dificultam o avanço da agenda econômica do ministro Paulo Guedes (Economia).

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Isso ocorre porque exige dos ministros articuladores o trabalho de acalmar os ânimos junto aos congressistas, em vez de tratar da celeridade das pautas relativas à economia do país.

Discussões como a reforma do Imposto de Renda, que faz parte da reforma tributária, e a abertura de espaço para criação de um novo programa social que amplie o Bolsa Família ficam de lado.

As declarações do presidente contra integrantes do Judiciário também prejudicam tratativas sobre o adiamento do pagamento dos precatórios, que são feitas com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, que também preside o STF.

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