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R7 Brasília

Todos terão que 'ceder em algum ponto', diz Pacheco em debate sobre a reforma tributária

A proposta está em tramitação no Senado Federal, mas a maioria dos governadores não concorda com trechos do texto

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Pacheco: 'Vai ser preciso abrir mão de interesses'
Pacheco: 'Vai ser preciso abrir mão de interesses'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse aos governadores nesta terça-feira (29) que vai ser preciso abrir mão de interesses próprios para a aprovação da reforma tributária. Segundo ele, a proposta que vai redefinir o sistema de pagamento e distribuição de impostos no Brasil vai ser discutida "de forma ampla, sem açodamento". A expectativa é que a matéria seja votada em outubro. 

Pacheco afirmou que é preciso usar a “lógica de ceder” e ter um “sentimento de coletividade” em relação ao Brasil, e não somente aos interesses locais. "Tenho repetido que precisamos usar muito mais a lógica de ceder do que a de conquistar, porque, obviamente, sem isso não será possível chegarmos a um texto que contemple, da forma mais abrangente possível, os anseios e as necessidades de toda a nação", afirmou.

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Todos queremos um sistema tributário mais unificado%2C mais transparente%2C mais claro. Para que cheguemos a esse objetivo%2C União%2C estados%2C municípios — grandes ou pequenos —%2C o setor de serviços%2C o setor do agronegócio%2C o setor da indústria ou do comércio%2C os profissionais liberais%2C as profissões regulamentadas precisam todos estar munidos desse sentimento de que é necessário ceder em algum ponto.

(Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado)

Pacheco convidou os 27 chefes do Executivo nos estados para debater o texto da reforma tributária no plenário do Senado. Entre governadores e vice-governadores, 19 compareceram. Não estão representados os estados de Acre, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

De forma geral, governadores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste criticaram dois pontos principais do texto que tramita no Senado: a governança do Conselho Federativo, órgão que vai ser responsável pela arrecadação e distribuição de impostos; e a distribuição dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional, que vai ser criado para compensar as perdas com o fim do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

O Conselho Federativo foi alvo de críticas por parte dos governadores Wilson Lima (Amazonas), Jerônimo Rodrigues (Bahia), Clécio Luís (Amapá), Paulo Dantas (Alagoas), Rafael Fonteles (Piauí), Ronaldo Caiado (Goiás) e Renato Casagrande (Espírito Santo), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Todos afirmaram que temem que o modelo enfraqueça o pacto federativo e tire a autonomia dos estados.

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