Tribunal de Contas do DF pede esclarecimentos a instituto de saúde sobre furtos em hospitais
Equipamentos teriam sido levados do Hospital de Base; prejuízo foi de quase R$ 100 mil apenas em furtos de enxovais de UPAs no DF
Brasília|Do R7, em Brasília
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) pediu esclarecimentos ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) sobre furtos de aparelhos no Hospital de Base, localizado na região central de Brasília. Na unidade, um equipamento de colonoscopia e três duodenoscópios, instrumentos para visualizar o interior do intestino durante os exames, foram furtados. O instituto tem 15 dias para explicar o ocorrido e informar quais medidas preventivas estão sendo tomadas. A corte também pediu um posicionamento da empresa de segurança terceirizada que presta serviços de vigilância armada para o Iges-DF.
O TCDF avalia possíveis falhas no controle de acesso e segurança da sala onde os dispositivos estariam armazenados, além da ausência de controle de uso e a falta de chaves na porta do local.
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Em uma manifestação da gerência operacional, o Iges-DF reconheceu que não existem trancas nas alas em que ficam os equipamentos e medicamentos e afirmou que não é executada revista visual nas unidades de saúde sob a responsabilidade do instituto.
Os furtos seriam comuns nas unidades de saúde administradas pelo órgão, que atualmente é responsável, além do Hospital de Base, pelo Hospital de Santa Maria, na região administrativa do DF, e outras seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Há relatos de furto, ainda, de uma bomba de infusão, enxovais alugados, medicamentos, computadores e insumos hospitalares. Considerando apenas o período de dezembro de 2021 a maio de 2022, o levantamento do TCDF constatou que o Iges-DF teve um prejuízo de R$ 97,8 mil para indenizar a empresa responsável pelo fornecimento dos enxovais que sumiram das UPAs.
Revista visual
Questionado sobre o tema, o Iges-DF informou que tem contrato com empresas especializadas no serviço de segurança, que atuam diariamente nas unidades com a "proteção dos colaboradores, pacientes e bens físicos, além de contar com o monitoramento eletrônico efetuado com mais de 200 câmeras de segurança".
"Informamos, adicionalmente, que foi implementada a revista visual em todas as catracas de entrada e saída das nossas unidades de saúde. Sobre o furto ocorrido em abril, a investigação segue em curso por parte da Polícia, e o Iges-DF aguarda a conclusão do caso, tendo contribuído com todas as informações solicitadas por parte das autoridades responsáveis", declara.