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Um dos mortos na operação em MG foi motorista do governo do DF

Eduardo Pereira foi motorista de Marlon Costa, ex-administrador de Taguatinga e ex-subsecretário da Secretaria das Cidades

Brasília|Luiz Calcagno e Kelly Almeida, do R7, em Brasília

Troca de tiros com a polícia matou 26 em Varginha (MG)
Troca de tiros com a polícia matou 26 em Varginha (MG) Troca de tiros com a polícia matou 26 em Varginha (MG)

Um dos mortos na operação policial que terminou com 26 óbitos no sul de Minas Gerais, na madrugada deste domingo (31), é Eduardo Pereira. Ex-morador de Taguatinga, no Distrito Federal, ele foi motorista do ex-administrador da região administrativa Marlon Costa. Eduardo prestou serviços a Marlon também na Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Participação Social da Secretaria das Cidades durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).

Criminosos reagiram à chegada dos policiais e provocaram uma violenta troca de tiros na madrugada deste domingo (31), na área rural de Varginha, no sul de Minas Gerais, que resultou nas 26 mortes. Todos eram suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por mega-assaltos a agências bancárias, crime conhecido como "novo cangaço". Com o bando, policiais apreenderam pelo menos dez fuzis, além de granadas, coletes balísticos e veículos roubados.

A informação foi confirmada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A operação contou com o apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da PM (Polícia Militar) de Minas Gerais.

O R7 procurou o ex-administrador de Taguatinga para comentar a morte de Eduardo. Por telefone, Marlon, que está em Caldas Novas (GO), disse que foi informado pela reportagem do fato e que estava assustado com a notícia.

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Ele admitiu que Eduardo foi seu motorista e contou que o contratou a pedido de uma amiga, esposa de Eduardo, pois ele havia tido problemas com a Justiça, mas queria “recomeçar a vida”. Marlon, no entanto, não soube dizer quais eram os antecedentes de Eduardo. “O Eduardo trabalhou comigo na Secretaria das Cidades. Foi indicação até da esposa dele, que eu conheço há muito tempo. Estou assustado”, afirmou

Marlon contou que viu as notícias sobre a quadrilha e a troca de tiros com a PRF e a PM mineira, mas que, até a ligação da reportagem, não sabia do envolvimento de Eduardo com o bando. “Vi essa notícia pelos jornais, mas não sabia. O período em que ele trabalhou [comigo] foi normal. Ele era um cara dedicado, não tinha nada que chamasse a atenção ou o desabonasse. Ele trabalhou comigo até o começo de 2018. Depois, pediu para sair”, disse.

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De acordo com Marlon, quando Eduardo trabalhou com ele como motorista, demonstrou ser uma pessoa pacífica. “É uma coisa que me assusta, pela pessoa que eu conhecia, meu motorista, que não demonstrava ser violento. Eu sabia que ele tinha um antecedente, que teve problemas com a Justiça”, lembrou.

“Eu optei por não prejudicá-lo quando a pessoa queria trabalhar. Dei o benefício da dúvida, uma segunda chance. E, quando trabalhou comigo, não teve nada que o desabonasse. Não esperamos que uma pessoa próxima vá se envolver com algo assim. A gente não imagina isso. A esposa dele foi quem pediu essa ajuda, pois ele queria recomeçar a vida. Ela era amiga de infância da minha esposa, de muito tempo”, explicou.

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O corpo de Eduardo e dos outros 25 suspeitos de integrarem a quadrilha chegou ao IML (Instituto de Medicina Legal) de Belo Horizonte entre a noite de domingo (31) e a madrugada desta segunda (1º). A capital mineira fica a 320 quilômetros de distância da região rural em que o bando estava reunido quando a polícia o surpreendeu.

Familiares das vítimas foram ao instituto, mas funcionários os orientaram a retornar mais tarde para fazer o reconhecimento dos corpos. O IML destacou dez médicos-legistas e cinco peritos criminais para identificar os mortos.

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