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Vacina contra dengue sem controle de focos do mosquito não é solução, diz ministra da Saúde

Nísia Trindade afirmou que maior parte dos focos está nos domicílios; imunizante começa a ser distribuído em fevereiro

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Ministra destaca importância de combate dentro de casas
Ministra destaca importância de combate dentro de casas Ministra destaca importância de combate dentro de casas (Fotos- Walterson Rosa-MS-6707)

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou à população que a vacina contra a dengue não é solução para o número de casos da doença enfrentados no país e que é necessário combater os focos do mosquito. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (31) em visita a um dos pontos de atendimento do Distrito Federal, que registra a maior incidência de casos por 100 mil habitantes do país.

"É muito importante nós afirmarmos e reafirmarmos: a vacina é o nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente temos vacina e temos que celebrar. Mas a vacina no quantitativo que o laboratório hoje pode nos entregar, sendo uma vacina de duas doses, numa situação como vivemos hoje no Distrito Federal e outros municípios, ela não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. Nesse momento agora temos que lidar principalmente fazendo o controle dos focos [do mosquito] e cuidando de quem adoece por dengue", afirmou.

A ministra disse que o presidente da República está preocupado com a questão no Brasil. Nesta terça, Lula e Nísia conversaram sobre o problema. "Vamos intensificar as ações, temos uma sala de situação que funciona ininterruptamente e vamos visitar outros pontos do país para prestar apoio. O presidente está acompanhando de perto a situação", declarou.

A expectativa é que a vacina seja entregue na segunda semana de fevereiro, conforme informado pelo R7 após reunião de emergência do ministério com as secretarias de Saúde do DF e de cidades do Entorno, que ocorreu nesta terça.

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"Ainda não começamos a distribuição porque estamos atendendo uma regulação técnica da Anvisa. Assim que tivermos ela pronta, começamos a distribuição", informou Nísia.

Parte da regulação se refere a ter a bula da vacina em português. A expectativa do ministério é que as demandas sejam atendidas na próxima semana e que em 15 dias se inicie a distribuição. Para atender à demanda, as informações traduzidas serão fornecidas de forma digital nos pontos de vacinação.

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Entenda

Neste ano serão distribuídas 6,5 milhões de doses para 521 cidades. Para 2025, o governo comprou 9 milhões de doses. O público-alvo serão crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta o maior número de hospitalizações por dengue, depois dos idosos, segundo o Ministério da Saúde.

Os municípios escolhidos seguem critérios como ter mais de 100 mil habitantes, possuir alta transmissão de dengue,e maior número de casos em 2023 e 2024 e predominância da dengue tipo 2 em dezembro do ano passado. A pasta não informou a quantidade de doses destinadas a cada município.

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