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Vacina contra a gripe começa a ser aplicada em maiores de seis meses de idade no DF

Ampliação do público-alvo segue recomendação do Ministério da Saúde; estratégia é garantir aplicação de doses diante de aumento de casos

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Vacina contra a gripe está disponível a todos com mais de 6 meses de idade Julia Prado/MS - 14.4.2024

A vacinação contra a gripe no Distrito Federal de pessoas com mais de seis meses de idade teve início nesta quinta-feira (2). A ampliação do público-alvo segue recomendação do Ministério da Saúde feita no começo desta semana. Para garantir a imunização contra a influenza, basta comparecer a um posto de vacinação com caderneta e documento de identificação (veja locais). A maior parte das unidades básicas de saúde da capital funciona das 8h às 17h. Um dos pontos de aplicação de doses é a Rodoviária do Plano Piloto.

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A ampliação do público foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na terça-feira (30), como resposta ao aumento de casos de influenza no país. O novo boletim InfoGripe da Fiocruz alertou para os aumentos semanais no país das internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), especialmente devido o VSR (vírus sincicial respiratório) e a influenza A (vírus da gripe).

Ainda segundo Nísia, a região Norte do país já começou essa etapa em novembro do ano passado e, por isso, não é alvo desta fase da campanha. “Além disso, dependendo do estoque de vacinas e da situação dos casos em cada localidade, poderá haver restrições pontuais para certas faixas etárias a fim de garantir a vacinação dos grupos prioritários, mas de forma excepcional”, explicou na publicação.

Números da campanha

A campanha de vacinação contra a gripe no país completou um mês no dia 25 de abril, com 23,51% do público-alvo imunizado (15,5 milhões dos 75,8 milhões de pessoas). Quando a ação terminar, em 31 de maio, o Ministério da Saúde espera a adesão de, pelo menos, 90%. As menores taxas de vacinação até então foram registradas em Mato Grosso do Sul, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás, além do Distrito Federal.


Entre os estados com maior taxa de vacinação, estão Rio Grande do Sul, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. A composição da vacina deste ano visa proteger contra os vírus da Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Em nota enviada ao R7, o Ministério da Saúde informou que durante a Campanha de Vacinação contra a Influenza de 2024, a meta da pasta é atingir pelo menos 90% da adesão à vacinação em cada um dos grupos prioritários, que incluem crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais e povos indígenas.


“Devido a diferenças sazonais da doença, a campanha foi dividida em dois momentos: de 25 de março a 31 de maio, ela acontece nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Já na região Norte ocorre no segundo semestre, período do inverno amazônico e de maior circulação viral”, explicou a pasta.

Ao ser questionada sobre as estratégias de vacinação, a pasta destacou a importância do microplanejamento. Essa abordagem, realizada em conjunto com estados e municípios, tem como objetivo fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, levando em consideração as diversidades regionais. O microplanejamento é uma ferramenta de planejamento contínuo que permite aos municípios organizarem-se de acordo com sua realidade local e direcionarem esforços para alcançar a cobertura vacinal desejada.


Desinformação afeta a vacinação

Apesar dos esforços para promover a vacinação contra a gripe, a desinformação sobre a vacina ainda é um obstáculo, afirma Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

“A desinformação faz com que as pessoas não saibam qual a informação correta, colocando dúvidas sobre os benefícios da vacinação, reduzindo a confiança da população na gestão de saúde. Isso faz com que as pessoas deixem de procurar as Unidades para se vacinarem e reduz a cobertura vacinal. Na pandemia vivemos muito esse problema que causou estragos na cobertura vacinal de Covid-19, principalmente, na população pediátrica. E que foi contaminando a crença em todas as demais vacinas”, disse o infectologista.

Alguns mitos comuns incluem a crença de que a vacina pode causar a gripe, que a gripe não é uma doença grave e que a vacinação anual não é necessária.

“Muitas vezes, o adulto saudável pensa que tomar a vacina contra gripe não é importante, pois ele não pertence necessariamente a um grupo de risco. Porém, ele pode ter contato diário com familiares e amigos que pertencem a um grupo de risco, como idosos, crianças pequenas, pais com crianças pequenas e gestantes e, então, transmitir o vírus a eles.”

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