Veja o que acontece após a prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco
Irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e delegado Rivaldo Barbosa deverão ser trazidos para Brasília ainda neste domingo
Brasília|Isabella Macedo, da RECORD, e Gabriela Coelho, do R7
Os acusados de serem os mandantes da execução da vereadora carioca Marielle Franco, em março de 2018, Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa deverão ser trazidos a Brasília ainda na tarde deste domingo (24). Os três, que foram presos na operação Murder, Inc da Polícia Federal (PF) nesta manhã, passarão por audiência de custódia e por exames no Instituto Médico Legal (IML).
A transferência do Rio de Janeiro para Brasília deve ser realizada no início da tarde. Os três deverão dormir no presídio federal em Brasília e ser encaminhados para as penitenciárias federais em Campo Grande (MS) e em Porto Velho (RO). Ambas são presídios de segurança máxima.
As prisões, contudo, não significam o encerramento das investigações. As autoridades também deverão aprofundar as razões dos acusados terem mandado matar a vereadora. Além dos presos neste domingo, a Polícia Federal poderá marcar novos depoimentos para ouvir outras testemunhas ou possíveis informantes. Novas operações poderão ser deflagradas para a continuidade da investigação.
Para que o processo contra os investigados siga adiante, será necessário que a PF peça o indiciamento dos envolvidos. Esse passo só acontece se os responsáveis pela investigação entenderem que os indícios e as provas colhidas são suficientes para apontar o envolvimento dos suspeitos.
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Todo o material é encaminhado, neste caso, à Procuradoria-Geral da República (PGR), por envolver pessoas com foro privilegiado. Caberá à PGR avaliar e definir se concorda ou não com o indiciamento. Em caso positivo, uma denúncia é apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o caso tramita devido ao foro privilegiado dos envolvidos. Se a PGR discordar, o órgão pedirá o arquivamento da investigação. Em ambos os casos, o STF decide se aceita a denúncia ou o arquivamento da investigação.
Só após todos esses trâmites é possível chegar à fase de julgamento. Caso o STF receba a denúncia e conclua que não será necessário novas diligências – ou seja, mais colheita de provas –, os acusados se tornam réus e poderão ser julgados.