Veja quem são as pessoas que ainda estão presas por causa dos atos de 8/1
Entre os detidos está o homem que destruiu um relógio do século 17 no Palácio do Planalto
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
Os ataques extremistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, completam sete meses com 128 pessoas suspeitas de envolvimento neles que aguardam julgamento de dentro de presídios, sendo 115 homens e 13 mulheres. Aqueles que já foram liberados são monitorados por tornozeleira eletrônica e se comprometeram a se apresentar à Justiça e a não deixar sua comarca.
Entre os que continuam presos estão o homem que destruiu um relógio do século 17 no Palácio do Planalto; o que levou uma réplica da Constituição Federal durante a invasão; e outro que furtou uma toga (vestimenta) de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A réplica da Constituição foi recuperada pela Polícia Federal alguns dias depois, em 12 de janeiro, no sul de Minas.
O relógio foi um presente da França ao então rei dom João 6º e estava no 3º andar do Palácio do Planalto. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem destruiu o objeto. Nas imagens, ele vem caminhando, para, derruba o relógio no chão e revira mesas e cadeiras. Depois, retorna e tenta destruir a câmera de segurança com um extintor de incêndio.
Durante os atos em 8 de janeiro, um personagem específico ganhou destaque após as imagens de câmeras de segurança o exibirem desfilando pelo STF com uma toga. O homem é morador de Campinas (SP).
Condenações
Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de 40 pessoas acusadas de participar dos atos. Entre elas está uma manicure que compartilhou imagens fazendo refeição na cozinha do Palácio do Planalto. Há também uma cabeleireira e uma veterinária que participaram dos acampamentos em frente aos quartéis dias antes das invasões.
Além delas, há uma mulher que disse que estava andando nas proximidades do Palácio do Planalto e que se escondeu em um fosso com medo das bombas que estavam sendo lançadas.
De acordo com os registros, há uma servidora do Instituto de Metrologia do Pará, um homem que trabalhou em campanha de deputado, um ex-funcionário da Sabesp e um homem enquadrado na Lei Maria da Penha.