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R7 Brasília

Venezuela fica de fora da lista de países parceiros dos Brics após pressão brasileira

Ao todo, 13 nações foram consideradas, como Cuba e Bolívia, mesmo após o ditador Nicolás Maduro ter comparecido ao evento

Brasília|Luiz Fara Monteiro, da RECORD, e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Cúpula dos Brics é realizada em Kazan, na Rússia Reprodução/Twitter Brics

A Cúpula dos Brics, realizada nesta semana em Kazan, na Rússia, fechou a lista dos países candidatos ao status de parceiros do grupo econômico. Treze nações foram consideradas, entre elas Cuba e Bolívia. A Venezuela, do ditador Nicolás Maduro, foi excluída da turma, após articulação do governo brasileiro.

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Estão no grupo de convidados a Turquia, Indonésia, Argélia, Belarus, Cuba, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria e Uganda. Agora, cada nação precisa bater o martelo sobre a entrada em um futuro próximo, a fim de evitar situações semelhantes à da Argentina.

O país sul-americano, governado por Javier Milei, enviou uma carta para informar que não vai ingressar nos Brics. O convite para a Argentina havia sido formalizado em agosto de 2023, na gestão de Alberto Fernández. No entanto, Milei recusou a iniciativa. O ingresso, caso fosse efetivado, seria a partir deste ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu ao evento por causa do acidente doméstico sofrido no sábado (19). A equipe médica recomendou que o petista não viajasse para a Rússia por ser uma longa viagem. Em seu lugar, o Brasil é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.


Nas discussões com a equipe internacional, Lula manifestou o desejo contrário à entrada da Venezuela no bloco. Até o momento, o Brasil não reconheceu a vitória de Maduro nas eleições. O ditador não apresentou as atas eleitorais do pleito, o que colocou em xeque sua governança.

A diplomacia venezuelana tenta argumentar com o Itamaraty desde a Assembleia das Nações Unidas, em setembro. Mas a ideia não tem a simpatia do presidente Lula, que anda irritado com Maduro. Vieira afirmou que a entrada da Venezuela seria analisada na cúpula. Questionado se havia alguma chance de o Brasil vetar a participação venezuelana, respondeu: “Tudo será examinado pelos chefes de Estado”.


Inicialmente, os Brics reuniam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entraram para o grupo posteriormente Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. Trata-se da primeira cúpula com os novos integrantes, que são considerados membros plenos e, por isso, também têm poder de veto.

Cerca de 30 países anunciaram a vontade de serem parceiros dos Brics, mas apenas 13 foram aceitos. No total, o grupo representa mais de 42% da população mundial, 30% do território do planeta, 23% do PIB global e 18% do comércio internacional.

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