Em CPMI do INSS, deputado dá voz de prisão a presidente da Conafer
Contudo, senador Carlos Viana, presidente da CPMI, negou a prisão
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O vice-presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), deputado Duarte Jr. (PSB-MA), deu voz de prisão nesta segunda-feira (29) ao presidente da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores, Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), Carlos Roberto Ferreira Lopes, por desacato.
“Estou dando voz de prisão a esse depoente por desacato. Você não está falando com qualquer um, não. Não está na Conafer, não, seu mentiroso. O senhor vai ser preso em flagrante pelo crime de desacato. Você me respeite”, declarou Duarte Jr..
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A decisão, porém, cabia ao presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que negou a ação.
Na ocasião, Duarte mostrava uma reportagem impressa com a foto do depoente. A folha tinha a seguinte manchete: “Entidade investigada em fraude do INSS continua a captar associados”.
O deputado, então, perguntou a Lopes se era ele na foto. “Não estou reconhecendo. Está diferente com o chapéu”, disse. “Se o senhor não for míope, está vendo que sou eu”, respondeu o presidente da Conafer.
Em seguida, o presidente da comissão pediu um instante para repreender o depoente. “Se o senhor não quiser responder, diga que vai ficar em silêncio. Mas comentários ou qualquer tipo de ironia, por favor, o senhor se restrinja a isso”, afirmou Viana.
Depois, o presidente da comissão disse que o deputado não teria mais o restante do tempo de fala (um minuto). O motivo, conforme o senador, seria que Duarte teria sido desrespeitoso com o depoente, condenando-o, apesar de ele ainda não ter sido julgado.
O presidente, então, cassou a fala de Duarte. “Essa presidência não vai admitir que ninguém faça show”, afirmou Viana.
Segundo o deputado Duarte Jr., uma quebra de sigilo financeiro de Lopes mostrou que a Conafer movimentou, entre junho de 2022 a junho de 2023, R$ 200 milhões. Porém, apenas R$ 1 milhão teria sido declarado. Ao ser questionado sobre o assunto, o depoente optou por ficar calado, alegando não ter tido acesso a tais informações.
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